Cartazes cobravam direitos garantidos por lei
Surdos queriam ser ouvidos na Câmara de Vereadores

Os vereadores já haviam discutido e votado as indicações apresentadas para a sessão de ontem. Debatiam sobre a área onde funcionou o Terminal Rodoviário de Imperatriz durante décadas, quando faltou energia e os pronunciamentos passaram a ser feitos no ‘gogó’, como dizem. Quem estava na galeria se esforçava para ouvir a conversa entre os legisladores e viu um grupo de pessoas com deficiência auditiva entrar na casa de leis com protestos estampados em cartazes.
A representante de uma entidade que luta por direitos de pessoas com deficiência auditiva em Imperatriz acompanhou a turma para falar com os vereadores e tentar abrir espaço para os manifestantes do movimento silencioso.
Enquanto a imprensa procurava conversar com o grupo, que exigia qualificação para professores de Língua Brasileira de Sinais, Libras, o vereador que presidia a sessão anunciou o encerramento, justificando que a partir daquele instante eles deveriam se reunir para discutir a entrega de Medalhas de Mérito Legislativo, que acontece esta semana.
Os visitantes ficaram apenas olhando os vereadores saindo. Um grupo pequeno de legisladores resolveu se dirigir até às pessoas com deficiência auditiva e negociar uma próxima visita, que ficou marcada para esta quarta-feira, quando a Câmara deverá convidar um intérprete de Libras para ajudar na conversa, pois o intérprete da Câmara Municipal teria pedido demissão na última segunda-feira. (Hemerson Pinto)