Há menos de um mês no comando do Governo do Maranhão, o governador Flávio Dino demonstra que o turismo receberá uma atenção diferenciada, e em especial a chamada Chapada das Mesas, integrada pelos municípios de Imperatriz, Estreito, Carolina, Balsas, Riachão, Tasso Fragoso, São João do Paraíso  e Porto Franco.
Nesse último final de semana, a secretária de Estado de Turismo, Delma Andrade, foi enviada a Imperatriz para participar da reunião e posse da Diretoria da Executiva do Fórum do Polo Turístico Chapada das Mesas. A secretária, com vasta experiência nessa  área, foi recebida pelo prefeito Sebastião Madeira, que  logo depois do evento, junto ao prefeito Ubiratã Jucá, da “aquífera” Carolina, conduziu a secretária e sua equipe até o recém-inaugurado Complexo Turístico de Pedra Caída, um investimento de cerca de R$ 40 milhões do conhecido empreendedor Pedro Iram Pereira do Espírito Santo (Pipes).
A meta do governo Flávio Dino, conforme a secretária Adélia Andrade, é fomentar a indústria do turismo na capital, nos Lençóis Maranhenses e na Chapada das Mesas. “Uma indústria limpa e que bem conduzida pode mudar de patamar essa região”, comentou o prefeito Madeira ontem em Carolina, logo após mais uma reunião de trabalho com a secretária e o prefeito  daquela cidade, Ubiratã Jucá.
É fato: o Complexo Turístico de Pedra Caída é o primeiro megainvestimento privado na área do turismo na região, já descoberto inclusive, conforme me disse o próprio empreendedor, pelos alemães e japoneses. Contudo, como é sabido de todos, existem nas entranhas da chapada outros paraísos tal qual e que num efeito cascata, na opinião do prefeito Ubiratã Jucá, com o tempo também receberão obras de infraestrutura. É o caso, por exemplo, do famoso Poço Azul, em Riachão que, ainda em comparação à Pedra Caída, é explorado rusticamente.
Com esse olhar voltado para a melhoria da infraestrutura do que eu “chamaria de turismo das águas” na região, uma coisa o poder público não pode perder de vista: o fato de que gerar postos de trabalho, atrair alemães, japoneses, americanos, gente do Brasil inteiro é importante; contudo, não  pode ser desconsiderada uma alternativa junto aos  empreendedores para que o cidadão simples que não pode arcar com os altos custos do acesso a esses paraísos não sejam excluídos desse processo.
Penso que antecipadamente uma alternativa precisa ser estudada para que o turismo praticado nesse lado lindo do Brasil não seja excludente.
Política de inclusão, e exclusão à parte, o importante é que Imperatriz, com sua rede de hotéis e serviços e que já tem forte vocação para o turismo de negócio, como tal pode se beneficiar, e muito, com o fomento ao “turismo das águas”. As oportunidades estão à vista e à disposição dos empreendedores.
Para encerrar, diria que o maior patrimônio desta  região é a nossa gente, mas vale a pena falar, cantar, escrever sobre as nossas festas e as nossas belezas naturais. Não temos o mar, mas temos rios, lagos, lagoas, cachoeiras, morros, colinas e montanhas, um pôr do sol e uma lua lindos de viver.
Essa região do Maranhão se torna ainda mais fascinante por abrigar pelo menos três dos nove biomas brasileiros. Por aqui aparecem o Cerrado, Floresta Amazônica, Matas de Cocais e até mesmo um resquício da Caatinga, considerado um bioma único do Brasil, e Imperatriz, como já ressaltado, é o portal para toda essa aventura.

* Elson Mesquita de Araújo, jornalista.