Coletiva explica os transtornos nas praias de Imperatriz

Hemerson Pinto

Representantes do Consórcio Estreito Energia (Ceste) se reuniram na manhã de ontem com o superintendente da Defesa Civil de Imperatriz e com o comando do Corpo de Bombeiros para uma coletiva de imprensa. O tema da conversa era o oscilação do rio Tocantins, o que resultou no anúncio do fim antecipado do período oficial das praias do Meio e Cacau.
O gerente local do Ceste, João Resek, afirmou que o sobe e desce do nível do rio Tocantins na região tem ligação direta com as coordenadas do Operador Nacional do Sistema (ONS), que gerencia o funcionamento de todas as hidrelétricas do país. De acordo com o representante, o aumento e diminuição da vazão acontecem tanto no período chuvoso quanto fora dele.
Para o supervisor de operação do Ceste, os efeitos no nível do rio Tocantins são reflexos do volume de água que desce o rio diariamente entre os horários de baixa e alta geração. “O que é gerado até quinta ou sexta-feira pode estar chegando aqui no final da semana”, diz Francisco Carlos, justificando o aumento do nível do rio, o que tem atrapalhado o período de praias.
No dia 1º de setembro, a Prefeitura de Imperatriz anunciou o fim do período oficial das praias do Cacau e Meio, que era previsto para 60 dias e durou apenas 27. O motivo seria o aumento da vazão que teria tomado grande parte da área destinada a banho. Por medida de segurança, a Defesa Civil anunciou a retirada das estruturas nas duas praias imperatrizenses.
Uma semana depois, a própria Defesa Civil divulgava que as duas áreas de lazer no rio Tocantins funcionariam nos dias 07 e 08. Na ocasião, o superintendente da Defesa Civil, Francisco das Chagas, informou a reinstalação das estruturas de palco e som e o retorno dos guarda vidas e da demarcação de área para o desfrute dos frequentadores.
“O que temos que fazer é nos adequarmos à nova realidade”, comenta Francisco das Chagas. O superintendente afirmou que o município vai continuar mantendo a estrutura para garantir a segurança dos banhistas, respeitando o novo ritmo das águas do rio Tocantins.