Alguns acidentes com pessoas e animais têm sido divulgados e, por isso, a CEMAR faz o alerta para prevenir novos acidentes, principalmente com a energização clandestina de cercas de arame ao redor das propriedades, criando verdadeiras armadilhas.
Pessoas desavisadas, ao tocarem nestas cercas, sofrem choque elétrico e muitas vezes vêm a óbito devido a este ato criminoso. Como a eletricidade não pode ser vista, não há como saber se a cerca está eletrificada ou não, e daí vem o perigo.
ABRACOPEL
Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade revela que a cada dia uma pessoa no Brasil morre vítima de eletricidade e quatro pessoas por dia sofrem choque elétrico dentro de sua própria casa.
Visando proteger seu patrimônio, algumas pessoas buscam proteção nas cercas elétricas, e em algumas situações elas mesmas fazem as cercas, com ligações feitas diretamente na tomada de casa e fora dos padrões de segurança recomendadas pela ABTN – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Segundo o Código Penal Brasileiro essa situação caracteriza um crime, e pode provocar acidentes fatais.
Para o advogado Caio Souza, do setor Jurídico da CEMAR, a pessoa que faz uso de cercas elétricas clandestinas pode ser responsabilizada criminalmente, com pena de um a cinco anos de prisão pelo crime previsto no art. 265 do Código Penal. E mais: Caso alguma fatalidade venha ocorrer, tais como lesões corporais, mortes etc., o responsável poderá responder pelos crimes de homicídio ou lesões corporais (leves, graves ou gravíssimas, dependendo do caso).
O advogado esclarece ainda que, mesmo nos casos em que o individuo faz a interligação da cerca elétrica em sua rede interna, ou seja, em tomadas ou disjuntores, poderá responder, por quaisquer acidentes que venham a ocorrer com terceiros de acordo com o Código Penal,121, caput ou 121, parágrafo 3º.
O engenheiro de Segurança da CEMAR, Francisco Ferreira, explica que os efeitos do choque elétrico são extremamente nocivos ao ser humano, podendo levar à morte dependendo da intensidade. ‘’O choque elétrico pode provocar espasmos musculares, fibrilação ventricular, parada respiratória e cardíaca, queimaduras de 1º, 2º e 3º grau, aquecimento e dilatação dos vasos sanguíneos, carbonização dos ossos e cartilagens, e danos celulares”, informa Ferreira.
Francisco explica ainda que a gravidade do choque elétrico tem suas variações de acordo com os seguintes fatores: tempo de exposição, contínua ou alternada; intensidade da corrente (amperagem), percurso da corrente ao passar pelo corpo humano (os mais graves são os que passam pelo cérebro, coração e pulmão) e a resistência do corpo à passagem da corrente (seco ou molhado).
Muitos proprietários de fazendas também recorrem à eletrificação clandestina das cercas, o que as tornam mais perigosas devido a proximidade de açudes e pequenas lagoas espalhadas pela propriedade. Água é condutora de energia, se uma pessoa molhada se aproximar de fios energizados o choque tende a ser fatal.
Da forma correta
A prevenção é sempre a melhor atitude. Todo cuidado é pouco, e para aquelas pessoas que desejam proteger seu patrimônio o correto é procurar empresas especializadas que trabalham com este tipo de produto e contrate profissionais especializados para fazer a instalação das mesmas.
As cercas elétricas que são vendidas de forma regular no mercado são dotadas de dispositivo pulsante e com corrente baixa que provocam um choque doloroso, mas sem grandes riscos à vida das pessoas, além de permitir que a pessoa se solte ao entrar em contato com os fios metálicos, são sinalizadas e instaladas em locais de difícil acesso impedindo que pessoas ou animais toquem acidentalmente no dispositivo. Ao contrário as cercas elétricas improvisadas que são verdadeiras armadilhas que podem vitimar até pessoas da própria família das pessoas que as instalam. (Assessoria de Imprensa da CEMAR)
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