Túmulos no Campo da Saudade
Desde o primeiro século, os cristãos visitam seus mortos
Valdeci Marques, coordenador de cemitérios da cidade

Geovana Carvalho

Os cemitérios de Imperatriz estão prontos para receber visitantes no Dia de Finados. Todos os anos, nessa data, cerca de 35 mil pessoas visitam os cemitérios de Imperatriz. De acordo com o coordenador dos cemitérios da cidade, Valdeci Marques, os cemitérios foram preparados para receber o público. O coordenador frisa que a iluminação foi reforçada para que as visitações se estendam um pouco mais. Valdeci Marques comenta que cerca de mil enterros por ano são registrados nos cemitérios de Imperatriz.
Os cemitérios Parque dos Anjos, Jardim das Rosas, São João Batista, Jardim Betânia e Campo da Saudade são “fechados”, ou seja, só há sepultamento de mortos que tenham túmulos de família. O cemitério Bom Jesus é o único “aberto”, onde podem ser enterradas pessoas que não têm parentes sepultados na cidade.
Padre Raimundo Nonato, pároco da Igreja de Santa Teresa d’Ávila, explica que a tradição de acender velas para os mortos é fundamentada na Bíblia: “O livro de Provérbios ‘mostra’ as famílias rezando durante sete dias por seus familiares mortos. Os hebreus também tinham essa tradição. Os primeiros cristãos, desde o século 1º, já visitavam os mártires - pessoas que morreram pelo cristianismo - como os apóstolos de Cristo e São Sebastião”.
Ainda conforme o padre, a vela simboliza a Luz da Vida, Cristo, que ilumina nossas vidas e aos mortos – que morreram na esperança da ressurreição.