A principal função do Centro de Zoonoses é evitar que doenças que acometem os animais atinjam o ser humano. Para isso, o centro tem intensificado no município as ações para localização e captura de animais. Um trabalho duro e cansativo, mas de extrema utilidade pública.
Doenças como a raiva, a toxoplasmose, leptospirose, micoses, DAG - Doença da Arranhadura do Gato, sarna sarcóptica causada por ácaro, criptococose, brucelose, ancylostoma, dipylidium, Doença de Lyme, trichinose ou triquinose, salmonelose, listeriose, tuberculose, toxoplasmose, hidatidose, febre amarela, dengue, tifo, malária, tétano, febre aftosa, gripe aviária e Doenças de Chagas, são consideradas comuns no meio urbano e é preciso muito cuidado e atenção para se prevenir contra elas.
Cães - Duas carrocinhas saem de segunda a sexta, das 8h às 18h, recolhendo cães nas ruas de Imperatriz. “A retirada de animais soltos nas vias públicas é o primeiro passo para o combate às zoonoses, principalmente os chamados cães errantes, que são aqueles que não têm um local fixo de moradia. Estes cães podem transmitir doenças para outros cães e, consequentemente, para a população”, afirma Paulo Henrique Soares e Silva, coordenador do Centro de Zoonoses.
O calazar ainda é a doença que mais atinge os cães, sendo que a maioria dos cachorros que são apreendidos têm características da doença. Uma vez no Centro de Zoonoses, é realizada uma triagem e se confirmado o diagnóstico positivo para o calazar, o cão é submetido à eutanásia (a morte sem dor). “O cão tornar-se portador da doença através da picada do mosquito, infelizmente ele tem que ser sacrificado, porque esta é uma doença que ainda não tem cura”, diz Paulo Henrique Silva. A boa notícia é que no ser humano o calazar tem tratamento e é 100% eficaz.
Animais como cavalos, burros, mulas e bois, que oferecerem perigo no trânsito, causando acidentes, ou até mesmo sendo vítimas de maus tratos, também serão apreendidos. Os números de animais de grande porte apreendidos em Imperatriz são expressivos: em média, 60 capturas por mês e desses, 80% são cavalos.
Segundo Inaldo Rodrigues Lima, zootecnista do Centro de Controle de Zoonoses, chefe do setor e responsável pela apreensão, captura e resgate de animais de grande e médio porte, a apreensão é feita todos os dias, inclusive com plantões à noite com uma equipe de cinco pessoas. Os animais normalmente são apreendidos em vias públicas. O animal preso é colocado no curral, onde ele passa sete dias corridos. Se o dono não se manifestar, o animal é doado para a comunidade.
Resgate - O valor pago pelo proprietário para reaver seu animal é de R$ 65,00. Entretanto, é possível que um reajuste seja feito ainda na primeira quinzena deste mês. De acordo com o UFM – Unidade Federativa do Município, o valor passará para R$ 115,00.
Mesmo com a cobrança desse valor, são frequentes os casos de reincidência de animais apreendidos pelo Centro de Zoonoses. Com o aumento da taxa, espera-se coibir o abuso, principalmente dos carroceiros no cuidado com seus animais.
No curral do Centro de Zoonoses, os animais recebem bom tratamento e alimentação de qualidade. Não se trata de um confinamento, mesmo porque estes animais permanecem ali no máximo por 10 dias, mantendo-se vivo com boa saúde, para ser doado ou ser resgatado pelo dono.