As mulheres em situação de violência recebem da pasta acolhimento, acompanhamento específico, apoio psicossocial e pedagógico

O Centro de Referência e Atendimento à Mulher (CRAM) é um espaço de abrigo, encaminhamento e orientação, que garante que todas as mulheres em qualquer situação de violência sejam atendidas de forma adequada, com equipe especializada. O Centro disponibiliza para as assistidas um serviço de atendimento psicológico e social no combate às diferentes formas de violência contra a mulher.
Segundo a coordenadora do Cram, Sueli Brito Barbosa, os atendimentos às mulheres em situação de violência doméstica e sexual têm permitido que os aparelhamentos do município encaminhem os casos para a justiça. “Fazemos todo o acompanhamento. Nos casos em que a mulher desejar fazer a denúncia contra seu agressor na delegacia, orientamos e acompanhamos essas mulheres até o órgão competente e, se for o caso de Medida Protetiva, encaminhamo para a Casa Abrigo ou outro órgão de proteção”, disse a coordenadora.
Sueli Barbosa explica que até junho 2015, o CRAM registrou 87 casos novos de atendimentos às mulheres em situação de violência, mas que este ano a procura nos órgãos de proteção (Delegacia, Defensoria e MP) teve uma leve baixa. Assunto esse que será pautado na próxima reunião pelos componentes da Rede de Enfrentamento de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, marcada para o próximo 7 de julho,  na Vara Especial da Mulher. “Ainda não temos um diagnóstico conciso dessa queda. Muitas vezes, elas se sentem constrangidas em denunciar, por diversas razões, como intimidações, ineficácia dos serviços ou outro fator”.
A coordenadora explica que os dados podem maquiar a realidade e que as estimativas extraoficiais apontam para que apenas um a cada três casos apareça, pois nem todas as mulheres denunciam a violência que sofrem. Porém, o índice de desistência por parte das vítimas é tão alto quanto as denúncias formuladas. “É bastante comum algumas vítimas abandonarem a denúncia mesmo antes das tomadas jurídicas, por razões que vão do medo, insegurança, filhos ou pela reconciliação com o agressor”, destaca.
As mulheres em situação de violência são encaminhadas à pasta por diversas vias, tais como Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM), Vara Especial da Mulher, Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher, Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE/MA), Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), entre outros órgãos de proteção.

O CRAM

Formado por uma equipe multidisciplinar, que inclui psicóloga, pedagogas e assistentes sociais, o CRAM é um órgão mantido pela Prefeitura Municipal de Imperatriz, criado especialmente para oferecer um serviço de atendimento à mulher. Atualmente, o local é referência para mulheres envolvidas em situação de violência familiar e doméstica.
O Centro de Referência e Atendimento à Mulher funciona na Rua Monte Castelo, 329, entre ruas Sousa Lima e Coriolano Milhomem, Centro – fone: (99) 99132-7479, para atendimento ou dúvidas. O horário de funcionamento é das 08h às 12h e 14h às 18h, de segunda a sexta-feira. (Francisco Lima / ASCOM)