Ansiosos, milhares de católicos lotaram o Estádio Frei Epifânio na quinta-feira (07) para a celebração de Corpus Christi. Desde as 17h, os fiéis já se acomodavam nas arquibancadas, faziam “ola”, se cumprimentavam, sorriam e cantavam músicas animadas. Em seguida, a multidão foi surpreendida por uma chuva de pétalas de rosas derramadas em toda a extensão do estádio.
Logo após, foi a vez do grupo de teatro invadir o gramado e representar, em forma humana, os dois grandes símbolos da igreja católica: a cruz e a hóstia. Às 18h30, o bispo de Imperatriz, dom Gilberto Pastana, juntamente com padres, diáconos, seminaristas, ministros da eucaristia e milhares de fiéis de diversas paróquias da região, conduziu a solenidade de Corpus Christi. Na celebração, o bispo falou sobre o chamado missionário e a importância da presença de Deus na sociedade.
Dezenas de jovens fizeram um círculo ao redor e acenderam as velas no círio pascal, que representa a luz de Cristo. Em seguida, os jovens correram com as velas em direção ao povo e repassaram a luz aos fiéis que um a um recebiam a hóstia sagrada. Após a comunhão, dom Gilberto Pastana convidou todos os participantes para saírem às ruas proclamando “Jesus, o alimento na missão”.
A luz das velas significa o desejo dos fiéis em serem testemunhas autênticas de Jesus Cristo nos tempos atuais, bem como se “consumir como a cera da vela” pela missão. E foi com esse desejo que, após a celebração no estádio, cerca de 15 mil fiéis participaram da procissão pelas principais ruas de Imperatriz.
A primeira e única parada foi realizada em frente à matriz da Igreja Santa Teresa D’Ávila. No local, a cidade foi homenageada pelos seus 160 anos. Fogos, vibração e o testemunho de uma família emocionaram a todos que estavam presentes.
Para a costureira Marioneide dos Santos, o momento é importante tanto para os adultos como as crianças. “É o encontro da igreja, todo o ano é motivo de festa para nós. E isso é importante para que nós possamos lembrar sempre de Deus, de Jesus, porque o mundo está precisando disso realmente. É muito importante trazer as crianças, pois elas já vão crescendo e conhecendo um caminho bom”.
Este ano, conforme manda a tradição, além dos tapetes com símbolos da Santa Eucaristia colocados na saída, em frente ao estádio e na chegada da igreja Nossa Senhora de Fátima, as ruas também receberam decorações - balões e telas pintadas com símbolos da igreja católica.
Muitos católicos enfeitaram as portas de suas casas para saudar a passagem da procissão. É o caso da dona de casa Luiza Sabag, que aguardava ansiosa da porta de sua residência. “Esse é o segundo ano que eu enfeito a porta da minha casa, com muito prazer, orgulho, porque eu já tô ensinando meus filhos a terem amor pela igreja. Esse ato é reflexo da nossa fé, da nossa esperança que dia melhores virão através da Eucaristia”.
O encerramento ocorreu na Praça de Fátima, por volta das 22h. “Meu coração está cheio de graças e de agradecimento à comunidade de Imperatriz e a todas as equipes que trabalharam e não mediram esforços para que nós pudéssemos ter a melhor e mais importante solenidade religiosa do ano. E todos que estiveram no estádio e na procissão tiveram momentos de emoção, de contentamento, de alegria, mas também de compromisso com a fé cristã, a solidariedade, o evangelho e os valores de Deus”, declarou dom Gilberto Pastana após a procissão.