Hemerson Pinto
Com um chapéu na cabeça, óculos escuros e uma bota, o pedreiro e pintor Marclei Andrade deixou por dois dias a tinta e pá de cimento para vender um dos principais adereços utilizados na cavalgada de Imperatriz. Um dos bancos do Calçadão, na Avenida Getúlio Vargas, serviu como balcão para expor os produtos. A negociação era rápida: falar o valor ao cliente, entregar o chapéu para ser experimentado e receber a cédula de R$ 10.
O trabalho fácil, leve e menos cansativo do que as duas profissões exercidas pelo morador de Davinópolis, cerca de 8km de Imperatriz, durou apenas algumas horas. Marclei iniciou a venda na tarde de ontem e afirmou que daria continuidade na manhã de hoje, durante o passeio dos cavaleiros e amazonas pelas principais ruas do Centro.
“Comecei um pouco tarde este ano, mas ainda dá para faturar bem. Na hora da Cavalgada dá pra vender tudo o que ficou. É sempre bom ganhar dinheiro a mais”, diz o vendedor, que afirma aproveitar o evento há seis anos. De acordo com ele, entre os chapéus para homem e mulher, os modelos femininos têm mais saída.
Há poucos metros de Marclei, a concorrência é pesada. Mais dois homens disputam espaço e clientes, que aos poucos começam a cercar os vendedores, pedindo descontos e testando os produtos. “Quando vou pra cavalgada procuro comprar chapéu com os vendedores que ficam aqui no Calçadão. É barato, tem muitos modelos e são chapéus bonitos”, afirma a estudante Andreia Rodrigues.
Nonato começou a experiência no ano passado. Depois do resultado, não teve dúvidas de que em 2013 acrescentaria chapéu aos produtos vendidos há anos, como chaveiros, facas, meias, peças para cama, entre outros. Com ponto fixo na Praça Brasil, Nonato migrou para o Calçadão há três dias. “Aproveitar o movimento daqui para vender e ganhar um pouco mais”, justifica. A exemplo de Marclei, Nonato pretende vender todo o estoque até o final da cavalgada realizada hoje.
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