Após remoção das casas, Município vai arborizar esse trecho do riacho Bacuri

Após laudo técnico da Superintendência de Defesa Civil, o poder público municipal autorizou a demolição de duas casas de madeira, tipo palafita, construídas irregularmente há quase 40 anos sobre o riacho Bacuri, na Avenida Ceará, entre as ruas Beta e Bandeirantes, bairro Bacuri.

“Elas foram erguidas irregularmente sobre o riacho, que é uma Área de Preservação Permanente, APP. Por conta disso, e pelo risco de desabamento, serão demolidas. O morador de uma delas já faleceu e os filhos irão retirar todos os pertences para que, em seguida, seja concretizado o trabalho”, disse Josiano Galvão, superintendente da Defesa Civil.
Antes da demolição, atendendo determinação do prefeito Assis Ramos, uma força-tarefa formada pelas secretarias municipais de Planejamento Urbano, Seplu; Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Semmarh; Governo e Projetos Estratégicos, Segov; e Superintendência de Defesa Civil, Supdec, realizou levantamento de demandas na área na manhã dessa terça-feira, 27, para averiguar a situação e comunicar o resultado do laudo às famílias.
“Além dos riscos aos moradores do local, as edificações estão obstruindo o curso dos riachos e provocando alagamentos em várias partes da cidade. Esse trabalho vai melhorar o fluxo das águas nos riachos e a qualidade de vida da população”, destacou Fidélis Uchôa, titular da Seplu.
De acordo com o secretário de Governo e Projetos Estratégicos, Marlon Moura, membro da força-tarefa, assim que for feita a remoção das casas, o Município vai arborizar esse trecho do riacho. “Após a limpeza da área, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, vai realizar um trabalho de revitalização nesta extensão do riacho, evitando o assoreamento e acúmulo de lixo, jogado pela população”.
Maria Odete Pereira, 74, mora há 33 anos às margens do Bacuri, e informou que a remoção das casas vai melhorar a escoação da água do riacho. “Há cerca de quatro anos tivemos uma grande enchente neste local. Isso acontece porque os próprios moradores jogam todos os tipos de objetos dentro do riacho e as vigas que seguram as casas impedem esses entulhos de passarem”, relatou. (Léo Costa – Ascom)