Hemerson Pinto
Moradores da Rua Tomé de Sousa ouviram o barulho provocado pelo desabamento da casa vizinha dentro de uma grota no bairro Santa Rita. A residência tinha um cômodo construído sobre a grota. Foi no mesmo local onde há pouco menos de um mês, um carro ficou preso depois de ser arrastado por quase 200 metros durante uma chuva forte. O veículo só parou depois de bater na estrutura da casa e ficar submerso.
Por volta das 15h30 de ontem, o cômodo da casa, que já estava interditada pela Defesa Civil do Município, por apresentar rachaduras nas paredes e piso, caiu. O espaço já estava sem as telhas, levadas pelo proprietário dois dias antes. Com o impacto dos escombros, o restante do imóvel apresentou novas rachaduras e também ameaça cair. Ninguém se feriu.
Os moradores próximos ao local onde a grota corta a Rua Tomé de Sousa temem nova enchente como aconteceu no dia em que o veículo ficou preso sob a residência. “A gente tem medo da grota encher e derrubar outras casas que já estão comprometidas. Também estamos insatisfeitos porque a rua foi quebrada, cortada de um lado a outro para tirarem o carro naquele dia. Tudo bem, mas até hoje não foi arrumada e o buraco está só aumentando”, disse o aposentado Raimundo Nonato.
Ao lado da residência onde parte da estrutura desabou, a dona de casa Maria do Carmo chorou ao perceber rachaduras nas paredes da casa onde mora há oito anos. “Tinha, mas ainda eram poucas. Agora ficou assim depois que a outra caiu. Não sei o que vou fazer. Estou com medo de dormir aqui”, disse a moradora, aflita.
A Prefeitura de Imperatriz informou que enviaria, ainda na tarde de ontem, uma retroescavadeira para retirar o entulho que ficou dentro da grota com o desabamento do imóvel. O objetivo é evitar transtornos maiores durante uma possível chuva, enquanto não se faz o serviço definitivo.
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