Geovana Carvalho
Cerca de sessenta pessoas são atendidas na Casa dos Especiais em Imperatriz. Na Casa, portadores de necessidades especiais recebem desde acompanhamento psicológico até tratamentos que possibilitam a melhoria de suas condições físicas.
Uma equipe formada por fonoaudióloga, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, psicóloga e pedagoga é responsável pelo atendimento. Conforme a fisioterapeuta ocupacional Poliana Dias, os profissionais fazem triagem dos pacientes e, após a avaliação, eles são encaminhados ao “tratamento” com o especialista e recebem a “prescrição” das atividades mais indicadas para suas necessidades.
Surdos, cegos, portadores de limitações físicas ou intelectuais produzem tapetes, quadros, brinquedos, têm aulas de informática, braille e libras. Em alguns casos, vendem seus produtos. É o caso de Edvaldo Freire, cadeirante, que faz quadros utilizando tela vazada e lã. Edvaldo diz receber muitas encomendas, cada quadro é vendido a R$ 50.
No curso de informática são 25 alunos com baixa visão. São utilizados programas especiais para pessoas com visão reduzida. Segundo o professor da turma, Rafael Grama, alguns alunos ao fim do curso conseguem digitar com qualidade, porém o professor afirma que o processo de aprendizagem e a inserção do aluno na informática são as principais realizações. Rafael Grama conclui: “Eles são carinhosos, respeitam bem mais os professores e são mais curiosos”.
A fisioterapeuta Eline Gizele Reis, que trabalha a coordenação motora, diz que há pacientes que buscam ajuda porque caem com facilidade: “Trabalhamos o fortalecimento dos músculos e a melhora da marcha (andar melhor). Após os exercícios, fazemos relaxamento e em grupo eles verbalizam as melhorias [que sentem]”.
A psicóloga da Casa dos Especiais, Aurianne Silva Ferreira, comenta os objetivos e o acompanhamento psicológico dado aos alunos e à família deles: “A Psicologia tenta amenizar as angústias e as tristezas dos alunos e da família. Identificamos as habilidades através de desenhos e também vemos, por exemplo, as dificuldades que eles atravessam. O desenho ‘fala’ e, a partir disso, ajudamos a superar os conflitos. Com a família trabalhamos a aceitação desse filho ‘deficiente’, no sentido de deixá-lo o mais independente possível. (…) Dentro das limitações há como ser independente”.
Segundo a psicóloga, há casos em que o paciente entra em depressão e se isola do convívio social. Em situações dessa natureza, o acompanhamento é feito na casa da pessoa.
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