Hemerson Pinto
Em um passeio de poucas horas nas ruas de Imperatriz O PROGRESSO conseguiu flagrar pelo menos cinco veículos que há algum tempo não têm os motores acionados. Quando têm motores. Carros envolvidos em acidentes ou parados por problemas mecânicos depois dos milhares de quilômetros rodados são deixados nas ruas ou nas calçadas ocupando espaço, geralmente na frente da casa do dono ou em oficinas sem estrutura para mantê-los na parte interna.
No bairro Juçara os vizinhos reclamam de um caminhão que, segundo eles, há mais de três anos permanece ali, ao lado da calçada “onde qualquer pessoa poderia estacionar seu carro ou sua moto, mas não pode porque o caminhão está lá o tempo todo. Já faz parte da paisagem da nossa rua”, disse o vizinho do proprietário, que evitou revelar o nome para não causar problemas como o amigo.
O veículo grande já passou por várias reformas ali mesmo. “Umas soldas, uns parafusos e assim vai passando”, comenta o vizinho que deseja vê um dia a ‘revisão’ ser concluída.
No centro da cidade flagramos uma caminhonete que passa por reparos em uma oficina, próxima a Avenida Bernardo Sayão. O local é pequeno e todos os dias os carros são retirados do galpão e colocados na rua.
“Eles ocupam espaço que eu, você, ou qualquer outra pessoa poderia utilizar. Espaço público que está se tornando em um pedaço de chão privado. Quando não é essa caminhonete é outro carro e dependendo da demanda de serviços, já vi até mais de três carros parados ai”, reclama o vendedor autônomo Isaías Santos, que todos os dias passa pelo local.
Na Nova Imperatriz, na mesma rua, separados por pouco mais de 200 metros, encontramos dois veículos antigos guardados na calçada de uma residência. “Atrapalha a passagem de pedestres. Isso é proibido mas eles estão ai já faz tempo e parece que não vão sair. Se chove eles servem para acumular mosquito da dengue. São tão antigos que nem peças os ladrões não querem roubar”, comenta um vizinho, que também pediu para não ter o nome divulgado.
Na mesma rua é um outro veículo que que está há um bom tempo parado ao lado do meio fio. Na verdade foi colocado ali por um guinho. O carro tem características de que se envolveu em um acidente de trânsito. Está parcialmente coberto por uma lona preta e sem previsão de quando será retirado. “Passo aqui várias vezes ao dia e ele sempre ai. A gente acaba acostumando, vira uma referência”, diz entre risos o balconista Geraldo Pereira.
Segundo o secretário de Trânsito do Município de Imperatriz, José Ribamar, a Setran poderia se basear pela legislação de trânsito e fiscalizar esses casos, tomando por base o abandono em via pública ou a checagem da documentação desses veículos, o que poderia gerar retenção se não tiver em dias. Porém, segundo o secretário, a Setran e Ciretran não têm espaço suficiente para colocar veículos apreendidos.
“Esperamos que esse problema seja regularizado até o próximo ano”, comentou. É quando poderá ser possível iniciar um trabalho de fiscalização para casos parecidos com os que foram citados nesta reportagem.
Comentários