O vereador professor Carlos Hermes (PCdoB) usou a tribuna da Câmara Municipal, nessa terça-feira (31), para fazer uma reflexão histórica sobre os 51 anos do golpe que deu início à Ditadura Militar no Brasil (1964 a 1985). Segundo, o vereador, que também é historiador, é extremamente importante discutir o 31 de março de 1964, para que se conheça a história do país e fortaleça-se a democracia.
Durante o pronunciamento, Carlos Hermes destacou, ainda, que o golpe resultou em anos de censura, tortura e desrespeito a Direitos Humanos. “Ele marcou a nossa história de maneira profundamente negativa. Lideranças populares, camponesas, religiosas, dirigentes estudantis, todos aqueles que pensavam num Brasil justo e igualitário, foram perseguidos, outros mortos”.
Hermes relembrou também de lideranças da região que foram vítimas de violência no período da Ditadura Militar. “Cidadãos que lutaram pela dignidade humana, enfrentaram a figura dos militares e foram massacrados. Eles merecem todo o nosso respeito e reconhecimento pela sua luta. É o caso do companheiro Manoel da Conceição e do Epaminondas, que era da região de Porto Franco”.
O vereador falou ainda sobre os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, criada com a finalidade de apurar as graves violações de Direitos Humanos no período da ditadura. “Tem feito um bom trabalho, mas, infelizmente, não se tem resposta para o desaparecimento de muitos companheiros. O corpo do líder estudantil Honestino Guimarães, por exemplo, até hoje não foi encontrado. Precisamos de respostas para este e outros casos”.
Mudança de nome - O Governo do Estado anunciou uma determinação para que haja mudança no nome das escolas que homenageiam personalidades responsáveis por crimes de tortura durante o regime ditatorial. Sobre isso, Carlos Hermes ressaltou que “o governador Flávio Dino mostra sensibilidade ao propor a mudança de nome, bem como um debate aprofundado sobre quem foram estes homenageados”.
De acordo com um levantamento da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), foram identificadas dez escolas, em nove municípios maranhenses, que tinham nome dos ex-presidentes do Brasil que governaram sob o regime militar. A escolha dos novos nomes, segundo o governo, foi feita em um processo democrático, que envolveu profissionais da educação, estudantes e comunidades próximas às unidades escolares. (Paula de Társsia)
Publicado em Cidade na Edição Nº 15271
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