Geovana Carvalho
De acordo com estudo recente (divulgado em outubro) realizado pelo Sebrae Nacional sobre a Taxa de Sobrevivência das Empresas no Brasil - que verifica a sobrevivência das micro e pequenas empresas brasileiras -, de cada 100 micro e pequenas empresas abertas no Brasil, 73 permanecem em atividade após os dois primeiros anos de existência, período considerado crítico para se manter no mercado.
Em relação ao Maranhão, o estudo chama a atenção para os índices de sobrevivência da indústria (77%), do comércio (76%), de serviços (56%) e da construção civil (54%). Mais de 90% das empresas formais do Estado são de micro e pequeno porte, indicando a importância desse setor para a economia local.
Em Imperatriz, segundo o analista técnico da instituição, Sanderson França, é crescente o número de pequenos e microempresários que buscam auxílio para implementar seu negócio. O analista afirma que procurar ajuda especializada é essencial para o sucesso de um empreendimento. O planejamento, a inovação e o trabalho árduo fazem o diferença entre permanecer no mercado ou fechar as portas. “Para quem já está no mercado oferecemos consultoria e cursos específicos”, diz Sanderson França.
Para as empresas que ainda não têm acompanhamento especializado, o Sebrae dispõe dos agentes locais de inovação – profissionais que visitam empreendimento e avaliam as práticas administrativas adotadas. Segundo o analista técnico, orientações básicas como, por exemplo, a diminuição do uso de papel ou a conscientização sobre o desperdício de água na empresa contribuem com as despesas.
Também para o empreendedor individual (pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário) existem cursos que o auxiliam na gestão e aumentam as chances de estabelecer-se no mercado.
Em Imperatriz só no setor de beleza, conforme o Sebrae, profissionais de cinquenta salões buscaram capacitação, no setor de confecção foram trinta empresas cadastradas para a qualificação.
Tonilda Lima da Silva, proprietária de salão no bairro Bom Sucesso, foi premiada com o título “Mulher Empreendedora” e sua história vai ilustrar um livro sobre empreendedorismo. “Uma pessoa me falou sobre os cursos e eu resolvi fazer o cadastro. Fiz uma oficina de tintas para conhecer pigmento de cores, de lá pra cá não parei mais, faço vários cursos. Tudo melhorou, o conhecimento, a técnica. Vi diferença em tudo, até na relação com a cliente. Acho que melhorou em torno de 40% a clientela. Fiz curso até de contabilidade e administração, para gerenciar melhor os negócios”.
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