A campanha de vacinação contra o sarampo e a pólio começa nesta segunda-feira (8) em alguns municípios maranhenses e prossegue até o dia 16 de setembro em todo o Maranhão. O dia “D” da vacinação será em 13 de agosto, junto com a segunda etapa da campanha contra a poliomielite (paralisia infantil). No Maranhão, a meta é vacinar contra o sarampo 783.657 crianças na faixa etária de 1 a 6 anos completos e contra a paralisia infantil deverão ser vacinadas 640.579 crianças menores de 5 anos.
“Todas as crianças da faixa etária prevista deverão ser vacinadas, mesmo que tenham sido imunizadas anteriormente”, explicou o secretário de Estado de Saúde, Ricardo Murad. O Maranhão recebeu do Ministério da Saúde 940.380 doses de vacina Tríplice Viral que protege contra o sarampo, rubéola e caxumba.
Para a 2ª etapa da campanha de pólio foram recebidas 933.800 doses de vacina contra poliomielite. As vacinas estão sendo distribuídas para as Unidades Regionais de Saúde e até o dia 8 de agosto todos os municípios deverão ter recebido suas doses de vacinas. Serão disponibilizados 1.794 postos de vacinação e 8.406 pessoas estarão envolvidas nesta campanha.
O sarampo é uma doença infecto-contagiosa causada por um vírus, podendo levar à morte. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por via respiratória, isto é, o indivíduo doente lança no ar o vírus existente nas secreções nasais e da garganta.
A pessoa suscetível (não protegida, sem anticorpos), quando infectada apresentará, após um período de incubação de cerca de 10 dias, febre alta, manchas vermelhas pelo corpo (chamado exantema), tosse, coriza e conjuntivite.
A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar. O período de transmissão varia de quatro a seis dias antes do aparecimento das machas até quatro dias após o surgimento das mesmas.
A vacinação é o meio mais eficaz para prevenir tanto o sarampo quanto a poliomielite. A coordenadora de Imunização da SES, Helena Almeida, lembra aos pais e responsáveis que é importante levar a carteirinha de vacina da criança para registrar a vacina. Todas as crianças na faixa etária prevista deverão ser vacinadas, mesmo que tenham sido imunizadas anteriormente.
A vacinação contra o sarampo é chamada de “campanha de seguimento” e costuma ocorrer em intervalos de três a cinco anos, com o objetivo de reforçar a proteção das crianças e manter o Brasil sem transmissão disseminada do vírus. A última campanha deste tipo ocorreu em 2004.
Registro de casos - O último registro de poliomielite no Brasil aconteceu em 1989, na Paraíba. Em 1994, o país recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da doença. Entretanto, 26 países ainda apresentam circulação do vírus - quatro deles em situação endêmica (Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão).
No caso do sarampo, nos primeiros cinco meses deste ano, já foram registrados dez casos da doença: três no Rio de Janeiro, três no Rio Grande do Sul, um em São Paulo, um na Bahia, um em Mato Grosso do Sul e um no Distrito Federal. De acordo com o ministério, os casos foram de pessoas não vacinadas que tiveram contato com viajantes portadores da doença. Desde 2000, o vírus não circula livremente no Brasil.
A imunização contra a poliomielite e contra o sarampo é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e está disponível durante todo o ano nos postos de saúde. O ministério orienta que mesmo as crianças que já receberam a vacina pelo calendário básico retornem aos postos para receber uma nova dose, como forma de reforço contra as doenças. (Concita Torres)
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