Concentração aconteceu na Praça de Fátima

Hemerson Pinto

A campanha desenvolvida pelo Grupo Esperança Viva, da paróquia São Francisco de Assis, promoveu na manhã de ontem uma caminhada que saiu da Praça Brasil e percorreu as ruas Pernambuco, Benedito Leite, Rio Grande do Norte, Getúlio Vargas (contra a mão) até chegar à Praça de Fátima, Centro. O grupo trabalha com acompanhamento de famílias afetadas pela dependência química de um de seus membros e com os próprios dependentes.
“Estamos protestando e mostrando para a sociedade ver e sentir, saber aonde pode buscar ajuda para um filho, um parente, alguém da família que é dependente químico. O grupo Fazenda Esperança existe há 1 ano e oito meses em Imperatriz, existe em 15 países e está fazendo 30 anos de atividades. Todos os sábados, às 17 horas, estamos na igreja São Francisco para receber pessoas com dependência química e seus familiares”, afirma o coordenador Jonas Noleto.
O padre Valdeci Martins participou do evento e considerou o ato como importante na luta contra as drogas. “É preciso que a sociedade dê as mãos contra as drogas, que vêm destruindo famílias. Não tira só a vida de jovens, ou de quem usa, tira a vida das famílias. Um evento como esse tem de ser um marco histórico na cidade de Imperatriz e em todas as cidades do Brasil, onde as drogas se proliferam de maneira muito rápida, levando até mesmo crianças a entregar sua vida no mundo do crime. As autoridades constituídas também precisam atacar de maneira veemente o traficante, pois é ele que leva as drogas ao seio das famílias”.
O ator Ari Torres, que interpreta o ‘Véi Teixeira’, aproveitou o movimento para falar sobre a experiência vivida por mais de 25 anos como usuário de drogas. “Maconha, crack, e nos últimos dois anos passei por uma experiência concreta, vivida com a Fazenda Esperança, por meio do grupo Esperança Viva. Há dois anos estou livre. Quando voltei da fazenda ainda tive uma recaída, mas consegui superar e hoje estou livre. É um caminho que é preciso a pessoa ter muita força para voltar. É preciso aceitar que é doente, que precisa ser tratado”. Ari Torres hoje é integrante do Grupo Esperança Viva, GEV.