A caminhada mobilizou servidores de diversos programas sociais, crianças e em especial as pessoas que passavam pelo centro comercial

Lugar de criança é na escola! Lugar de criança é brincando! Criança não deve trabalhar! Com essas frases de ordem, a caminhada alusiva ao 12 de junho - Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, realizada na manhã dessa sexta-feira (10), surtiu os efeitos desejados: chamou a atenção do público para uma problemática invisível e que ainda existe em Imperatriz.
Realizada pela Prefeitura de Imperatriz, por meio do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), seguindo uma diretriz do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), a caminhada percorreu o centro comercial com saída da Praça de Fátima até a Praça Brasil. A ação contou com a parceria do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest).
Mais de 400 pessoas entre crianças e adultos participaram da caminhada. As crianças do SCFV fizeram questão de participar caracterizadas de capoeiristas, dançarinas de Bumba meu Boi, personagens de teatro infantil, palhaços, cantores do coral curumim, dentre outras fantasias, refletindo as atividades praticadas no espaço no qual estão inseridas.
Segundo o coordenador do evento e do SCFV, Odair Lima, o resultado esperado foi alcançado. “A caminhada mobilizou servidores de diversos programas sociais, crianças e em especial as pessoas que passavam pelo Centro Comercial ou que trabalham naquele local. Nosso objetivo de sensibilizar, mobilizar e divulgar uma problemática que ainda existe foi alcançado”, disse o coordenador.
Ele ressaltou ainda que, se as pessoas fizerem sua parte, entender que lugar de criança é na escola, sendo criança e tendo uma vida sem risco social, o trabalho infantil será erradicado. “Precisamos que as pessoas tenham consciência, façam sua parte e não aceitem que crianças desenvolvam algum trabalho remunerado”, finalizou. Ao final da caminhada, houve apresentações culturais na Praça Brasil com roda de capoeira e Bumba meu Boi.
Trabalho infantil - Caracteriza-se a partir de atividade remunerada realizada por crianças com idade inferior a 16 anos, exceto no caso do programa Menor Aprendiz. As principais atividades exercidas estão em âmbito de trabalho doméstico, na agricultura familiar, atividades ilícitas: tráfico de drogas e prostituição, e como ambulantes. O trabalho infantil é uma violação dos direitos da criança e do adolescente, que impossibilita a maturação de forma natural e espontânea, além de limitar a socialização, a convivência familiar, os estudos e o lazer.(Sara Ribeiro / ASCOM)