O representante da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China (CCIBC) no Maranhão, Helberth de Oliveira, exaltou as potencialidades econômicas, ambientais e turísticas da cidade de Imperatriz. Durante reunião com o representante na região tocantina, da Secretaria de Estado da Indústria e Comércio, Atenágoras Reis, nessa terça-feira, 19, ele deixou claro seu desejo de empenhar-se ainda mais como intermediador em negociações internacionais.
Helberth foi o interlocutor e a pessoa responsável em trazer a Imperatriz autoridades em nível internacional, como o embaixador da Índia, de Trinidad e Tobago e, por último, o embaixador das Filipinas no Brasil. De Atenágoras, o representante da CCIBC ouviu que a Secretaria tem o intuito de desenvolver um relacionamento comercial mais estreito com o País e, consequentemente, com o Maranhão, principalmente em Imperatriz. "O que falta no Brasil é capital e é o que sobra na China", disse.
De acordo com Helberth, Imperatriz pode ser melhor explorada, pois é cheia de riquezas e possui boa logística, capaz de escoar toda produção pela Ferrovia dos Carajás e Norte-Sul, através do Porto do Itaqui. O representante da CCIBC destacou que o município tem sol em abundância, o que é uma oportunidade para geração de energia elétrica solar. "Eu acho que a cidade de Imperatriz é privilegiada e pode ser melhor explorada", comentou.
Helberth de Oliveira frisou ainda que uma parceria com a China seria muito importante para o desenvolvimento econômico municipal e estadual, principalmente neste momento de crise econômica. Ele informou, em primeira mão, que no próximo mês uma comitiva da China virá para esta cidade, com o objetivo de conhecer os pontos fortes, no que diz respeito às áreas de logística, turismo e agronegócio.
De acordo com ele, importantes acordos de cooperação foram firmados entre empresas brasileiras e chinesas. Com apoio da CCIBC, a Vale havia concluído uma parceria com a siderúrgica Baosteel, dando origem à Baovale, para construção de uma usina siderúrgica em São Luís. A Minmetals, por sua vez, estaria interessada na produção de ferro gusa no Brasil, para abastecimento do mercado chinês, fato este que infelizmente não aconteceu.
Segundo Oliveira, o Maranhão não pode ser transformado na terra das oportunidades perdidas. "Precisamos gerar mais empregos e oportunidades concretas de trabalho", advertiu Helberth de Oliveira, acrescentando que "precisamos convocar os empresários maranhenses a participarem do esforço para atrair grandes empreendimentos para o Maranhão".
Saber vender - "É preciso que o empresariado maranhense, mormente de Imperatriz, seja mais agressivo. Quero chamar a atenção para a nossa falta de agressividade comercial, lembrando que o Brasil é o maior exportador mundial de café e um dos maiores exportadores de carne, mas na China todos conhecem o bife australiano e o café colombiano. O mesmo se pode dizer da castanha de caju, que lá é servida em todos os aviões e vendida em todo o mercado, sempre com embalagem de um país que jamais plantou um pé de caju: a Suíça". (Domingos Cezar/ASCOM)
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