Hemerson Pinto
Será na sessão da próxima quinta-feira, no Palácio Dorgival Pinheiro de Sousa. O tempo de 20 minutos foi concedido pelos vereadores aos motoristas de vans, que terão a oportunidade para explicar o que realmente desejam. A O PROGRESSO, um deles adiantou que o objetivo é buscar legalmente a criação de uma rota alternativa.
“Eu acho que eles têm esse direito de lutar por esse espaço para trabalharem. Durante cinco meses eles ‘seguraram as pontas’ quando a cidade ficou sem ônibus. Muitos, acredito que a maioria, trabalhou direitinho. Então, penso que esses devem ter a oportunidade, logicamente que de maneira organizada, de terem uma linha alternativa para continuar o serviço. O impacto na cidade só não foi maior com a falta dos ônibus porque as vans substituíram. É só fixar um valor ‘X’ pra ninguém querer cobrar a mais e que também não fique mais barato que os ônibus. Organizado, tudo pode funcionar”, comentou a estudante Keyla Miranda ao acompanhar a sessão de terça-feira.
Organização é justamente o que o grupo busca, segundo o motorista de van Jorias Lucena Santos. Ele é associado ao sindicato da categoria, que atualmente tem cerca de 20 proprietários de vans associados, segundo o entrevistado.
“Estamos com o pensamento de trabalhar, reivindicar o espaço para trabalhar. Nada contra a empresa de transporte, queremos somente uma oportunidade de sermos incluídos. Foram cinco meses tirando a população do sufoco”, explica.
Antes da crise no transporte coletivo em Imperatriz, os vanzeiros atuavam com fretes. Quando os ônibus deixaram de circular, eles aproveitaram o mercado e atenderam à população que ficou sem transporte.
“Isso é a realidade, ninguém pode negar ou dizer ao contrário”, defende a estudante Keyla, afirmando que não chegou atrasada na escola quando as aulas reiniciaram porque foi ‘socorrida’ pelas vans.
Segundo Jorias, o grupo coordenado pelo sindicato atuou de forma organizada com horários e linhas definidas “e com toda a documentação do veículos e itens obrigatórios de segurança em dia”.
Na Tribuna Popular eles vão sugerir aos vereadores e à gestão municipal “a criação de uma alternativa para os vanzeiros, ou seja, de uma rota diferenciada da rota da empresa de ônibus”, afirma Jorias.
“Sugerir ou lutar por algo que eles acreditam que seja bom para a categoria deles é um direito deles. Terem a ideia aprovada ou não aí já é outra coisa, mas eles podem sim lutar pelos seus objetivos. Vão ser ouvidos na Câmara, vai gerar debate e o debate é importante. Se não conseguirem, mas lutaram, isso é o que realmente vale”, disse Keyla, refletindo sobre o assunto, que vem dividindo opiniões.
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