“Eu ainda irei participar do Caldo da Amizade”. Foi isso que eu repeti para mim mesma durante todo o ano de 2017, e não consegui ir em apenas uma ação do projeto. Assim estabeleci uma nova meta para 2018: “Eu irei a pelo menos um Caldo da Amizade neste ano”. E que bom que deu tudo certo!
Na primeira vez que participei do projeto, os preparativos para a distribuição do caldo estavam a todo vapor, todos ajudando de diferentes maneiras! Uns auxiliando no preparo do próprio caldo, outros organizando o transporte para que na hora da saída ocorresse tudo como planejado. Quando estava tudo pronto, todos tentavam se acomodar na van e nos carros de alguns professores que auxiliam no projeto. Todos na maior animação, cantando e conversando durante o pequeno trajeto da escola até o Hospital Regional, que é o principal ponto de distribuição.
Ao chegar no local, fiquei maravilhada pelo fato de que muitas pessoas já estavam a nossa espera! Todos os voluntários faziam a distribuição com muita alegria e amor. Diante de tal cena, por um momento, comecei a refletir que todos os alunos e professores que estavam ali tinham um único objetivo e uma única missão: ajudar o próximo! Foi nesse momento que eu soube que esse projeto vai muito além de somente distribuir caldos, mas sim de sentir o verdadeiro sentimento de solidariedade fluindo dentro de cada um de nós, trazendo vigor e fazendo com que não seja somente uma obrigação ou um fardo estar ali, mas um prazer inigualável!
Por isso, o Caldo da Amizade é um dos projetos mais lindos que participei, pois além da alegria e aquela sensação de trabalho cumprido que sentimos, ainda ajudamos outras pessoas que estão a mercê da vida e, as vezes, sem um único lanche para passar a noite. É uma satisfação inigualável escutar um “Muito obrigado, esse caldo veio na hora certa”, ou “Que bom que vocês estão aqui”. Para mim, não há nada melhor do que ajudar as pessoas. Às vezes sinto que ainda fazemos pouco, mas não estamos parados, estamos fazendo algo para alcançar aqueles que estão, muitas vezes, sem nada para comer.
Nunca imaginei que o projeto iria influenciar tanto em minha vida e me traria uma nova perspectiva de mundo. Não um mundo caótico e egoísta, mas um mundo cheio de esperança e solidariedade! E é exatamente isso que falta na humanidade dos dias atuais.

Aluna do 2º Ano B da escola Caminho do Futuro