Desobstrução do Calçadão voltou ao debate na Câmara

Hemerson Pinto

Para quem pensava que o tema havia sido esquecido pelos vereadores de Imperatriz, a desobstrução da área formada por dois quarteirões calçados em blocos na Avenida Getúlio Vargas foi debatida novamente na manhã de ontem na Câmara Municipal. A indicação de um dos vereadores reforçou as discussões anteriores sobre a necessidade da abertura de espaço para passagem de viatura do Corpo de Bombeiros diante de uma possível necessidade.
O autor da indicação de número 471 é o vereador Marco Aurélio (PCdoB), que no texto da solicitação expressa que o objetivo é garantir livre acesso das viaturas de bombeiros, polícia e ambulâncias em ocorrência de incêndio e outros casos de emergência. O tema virou audiência pública e dividiu opinião de lojistas e frequentadores da Calçadão no primeiro semestre de 2013.
“Houve uma determinação judicial para que haja o cumprimento da desobstrução do Calçadão. O Corpo de Bombeiros notificou o poder público para que desobstruísse o Calçadão, temendo acontecer um incêndio em uma daquelas lojas e infelizmente passar para outras, porque não tem como o caminhão dos Bombeiros entrar. Se tiver que fazer um reparo emergencial na rede elétrica, não tem como um caminhão da Cemar entrar”, justifica o vereador.
Os empecilhos apontados pelo legislador são bancos, árvores, canteiros e outras estruturas físicas que seriam obstáculos diante da necessidade de entrada de algum veículo oficial na área cercada por lojas. “Na audiência pública foi discutida a necessidade, primeiro, de desobstrução e compactação do solo. Hoje, se for entrar um caminhão, o solo afunda. É fazer um estudo para saber o que tira, o que muda de lugar. Nossa indicação é para reforçar essa causa, pois já faz algum tempo”.
Quanto aos hidrantes instalados no início dos debates sobre o assunto na Câmara, o vereador de oposição afirmou que os equipamentos não têm pressão suficiente para ajudar no combate a um incêndio de grandes proporções. A indicação foi aprovada.
O presidente da Câmara, Hamilton Miranda, manifestou opinião sobre o tema: “Em todo lugar do Brasil há calçadões e eu não conheço um calçadão que não tenha bancos. O que devemos fazer é garantir outros meios para facilitar o combate a um possível incêndio”.
José Carlos declarou que entendia a preocupação do vereador Marco Aurélio, mas defende a reforma dos padrões atuais do Calçadão. “Não acho que deveria ser retirado tudo para carro entrar. Meu sonho, desde criança, era ver o Calçadão se estender por toda a Avenida Getúlio Vargas”.
Chiquim da Diferro ‘condenou’ os hidrantes instalados na área. “Para que hidrantes se não tem água na cidade? Desobstruir é importante, que seja feito”, declara o vereador, seguido pela fala do legislador Raimundo Roma, que lembrou a existência de um planejamento de revitalização do Calçadão, com base em projeto da associação dos lojistas da cidade.
Na sessão de ontem, os vereadores ainda discutiram outras quatro indicações, de Rildo Amaral, Antônio José, Buzuca e Richard. Respectivamente, os pedidos foram: presença permanente de um policial militar no Hospital Municipal Infantil de Imperatriz, pavimentação asfáltica de trecho das ruas Projetada B2 e 01 (Bacuri), deslocamento de equipe para coleta de lixo no povoado Imbiral e extensão da linha de ônibus Centro Novo até os povoados Vila Chico do Rádio e São João, na região da Lagoa Verde.