Elson Araújo
Colaborador
O diretor regional da Caema, Rafael Heringer, declarou ontem que este ano a empresa não tem como se adaptar ou implantar um novo sistema de captação e distribuição de água, como foi acordado no início do mês, durante reunião realizada pela Agência Nacional de Águas (ANA), em Imperatriz.
Segundo Rafael Heringer, o investimento no que será o novo sistema de captação de água da companhia em Imperatriz é da ordem de seis milhões de reais e não há tempo para que se cumpra com todas as etapas do projeto até o final deste ano. “Vai ficar para o ano que vem”, disse o diretor. “Precisamos de um mínimo de tempo possível para que a companhia execute a obra”, ponderou.
A Mesa Redonda sobre a crise hídrica e a situação dos reservatórios do rio Tocantins no Maranhão foi no auditório do Ministério Público. Na ocasião, ficou firmado entre os órgãos presentes que não haveria racionamento de água porque as hidrelétricas manteriam, por um período de dois meses, inalterada a vazão de água de suas comportas, garantindo o funcionamento regular das bombas de captação da Caema, que não teriam como funcionar caso o rio baixasse pelo menos mais 1,5 metro.
Com o fim do “acordo”, previsto para a primeira quinzena de novembro, caso não comece logo a chover, a tendência é de que as hidrelétricas voltem a contingenciar a vazão de suas comportas e com isso o rio seque ainda mais, vindo a prejudicar o serviço de captação e distribuição de água da Caema na cidade.
Para enfrentar essa situação, Rafael Heringer disse que a companhia “vai pra cima da Agência Nacional de Águas” para que force as hidrelétricas a continuarem no mesmo patamar de operação. O diretor regional da Caema avalia que elas não sofrerão nenhum prejuízo. “Estivemos lá e verificamos o lago {Estreito} cheio. Não há razão para que diminua a vazão”.
O diretor regional da Caema ressaltou que na atual circunstância a ANA sabe que a prioridade não é a geração de energia elétrica, e sim o consumo humano, por isso acredita que ela e o Operador Nacional do Sistema (ONS) conseguirão prorrogar por mais tempo o acordo feito no início de setembro até que a Caema conclua todas as etapas para a adequação do seu sistema de captação e distribuição a essa realidade, onde é previsível que haja escassez e racionamento de água.
A reunião da ANA em Imperatriz foi chancelado pela Comissão de Integração Nacional Desenvolvimento da Amazônia (CINDRA) da Câmara, do Operador Nacional do Sistema (ONS), Ministério Público Estadual, Prefeituras, ONGs e membros da Assembleia Legislativa e Câmaras Municipais.
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