Trânsito fica ainda mais complicado nos trechos prejudicados

Hemerson Pinto

“Se continuar assim, pode até cortar. Esse é o perigo, além de quebrar veículos e provocar acidentes”, comentou o açougueiro José Eudes. A Avenida Pedro Neiva de Santana (trecho da MA-122) liga os municípios de Imperatriz e João Lisboa. Em dezembro de 2012, a nova avenida foi entregue pelo Governo do Estado, duplicada e reformada. Era o sonho dos condutores de veículos que trafegam diariamente entre as duas cidades.
Pouco mais de um ano depois, o problema, que teve início nos primeiros meses após a inauguração da avenida, aumentou. Se no começo eram algumas baixas no asfalto, agora são buracos mesmo. Em alguns pontos, “buracos grandes, verdadeiras crateras, que só estão assim porque não é feito um serviço de qualidade na hora da recuperação. Era pra ser um serviço de qualidade ainda na duplicação da rodovia. Agora os paliativos, como fizeram no início do inverno, não adiantam. Está acabando o inverno e a pista também”, desabafa o mecânico José Luís.
Morador da Vila Cafeteira, o técnico em informática Tiago dos Reis tem o veículo rebaixado. A noiva do nosso entrevistado mora na Vila Nova. “À noite eu vou pra casa dela na moto da minha irmã, porque meu carro não tem a mínima condição de passar por ali”, referindo-se ao trecho da Avenida Pedro Neiva de Santana, próximo à rotatória, entrada para o Parque Sanharol. “O problema é na hora de voltar, pois a maioria dos buracos está na pista que leva de Imperatriz a João Lisboa”, explica.
Foi exatamente na pista citada por Tiago que O PROGRESSO registrou a dificuldade de condutores de veículos de passeio, utilitários, ônibus e caminhões. “Já perdi uma roda aqui, o pneu rasgou!”, gritou um dos motoristas enquanto realizava o ‘zig zag’, prática que tem se tornado comum no trecho mais prejudicado da rodovia.
Depois de vencer a primeira ‘etapa’ dos buracos e passar pela rotatória, o condutor que seguia sentido João Lisboa não evitou que a traseira do carro tocasse o chão. “Tá vendo aí, e meu carro não é tão baixo assim não, e passo aqui direto. Acho que o buraco ficou mais fundo de ontem pra hoje”, disse o homem que se identificou como Raimundo Nonato.
Além do trecho onde o asfalto está danificado em vários pontos próximo à rotatória, nossa reportagem percorreu alguns quilômetros da rodovia estadual. Em outros pontos da estrada é possível notar o surgimento de buracos.