Raimundo Primeiro

Sessenta anos de casados, seis décadas de união; seis décadas, também, compartilhando bons e ruins momentos, adversidades, obviamente, perpassadas ante ao elo criado, a partir do momento que o casal selou o "pacto" de um conviver eterno, por meio do "sim", que confirmou o casamento ora comemorado.
No início da união/casamento, teve de deixar a esposa; a Enilda, durante um tempo, morou com os tios, enquanto João Viana, buscava um lugar ao sol, trabalhando duro, atuando em diversas áreas, de garimpeiro, a fotógrafo. Depois, proprietário de loja, no vizinho Tocantins e aqui, em Imperatriz. Desbravou, abriu espaços, foi pioneiro, inclusive nas áreas da comercialização de gás e de café, montando a primeira torrefação, o Café Viana, hoje pertencente ao Grupo Ribamar Cunha.
Os filhos, felizes, ratificam: "Pai e mãe vocês são para nós, não tenham dúvidas, exemplos de vidas e, principalmente, de uma harmonia conjugal que nos orgulham, O que vocês fizeram, tenham, certeza, jamais será apagado de nossas mentes". Os filhos reconhecem o quão o casal fez por eles, alimentando, educando, indicando os caminhos certos. Os esforços não foram em vão, pois eles, hoje, seguiram os passos dos pais e constituíram, também, sólidas famílias. 
Na quarta-feira, 30 de outubro, estivemos numa noite especial, entre familiares, amigos e convidados, em evento festivo, lá no Rotary Imperatriz, fazendo enaltecer ser a data tão especial para nós, quanto para vocês, João Viana e Enilda. 
Que momentos marcantes! Inesquecível vê-los confirmando os votos, diante do Senhor, nosso Deus, por meio da celebração do padre Erisvaldo Cardoso. 
Ao longo dos anos, vocês tiveram de passar por altos e baixos, pois os tempos e as condições financeiras, como sabemos, eram outros. Mas romperam as décadas, vencendo os desafios surgidos.
A união de vocês, João Viana e Enilda, ratifica que, só o amor, é capaz de vencer as barreiras da separação, de aproximar as criaturas, de solidificar amizades. 
No início do relacionamento, lá bem no começo do namoro, tiveram de passar por diversos obstáculos. Barreiras, entretanto, rompidas diante do amor que um sentia pelo outro, fortalecendo o sentimento e, assim, fazendo vir à tona um intransponível amor.
Agora, sim: oficialmente casados e "recasados", pois são sessenta anos, felizes e remando na mesma direção.
Como diz, na música, o compositor e cantor Nando Reis: "Que o amor não seja passageiro, te amarei de janeiro a janeiro, até o mundo acabar". A história sobre o amor de João Viana e Enilda motiva, inspira. Incentiva!
O casal pensou, teve diversas ideias. Partiu para colocar em prática o projeto de vida, juntos, buscando a construção de uma consolidada e grande família. Os filhos, os frutos da abençoada união, são os grandes "presentes". Pois é! Um pensamento pode ser coisa excelente, mas a realidade começa com a ação. Acertaram quando decidiram pelo namoro e, na sequência, o próspero e feliz casamento.
Vocês entraram em cena, partiram para o ato de colocar em prática os planos familiares, tornando, a partir de então, um só ser. Surgiu a fusão que culminou com o que estamos vendo hoje: uma iluminada família e diletos amigos. 
A propósito do "brinde", por meio do texto que ora torno público, vale lembrar Fernando Pessoa: "Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?" 
Finalizo, João Viana e Enilda, ressaltando: "Assim, eles já não são dois, mas sim uma carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém separe", Mateus 19:6.
Tal qual a Jequitibá, árvore duradoura, forte, atravessou anos, resistiu. Deixam-nos orgulhosos. 
Obrigado, Deus!
Que Deus os abençoem!
Obrigado pela presença de todos que prestigiaram a festa de celebração dos sessenta anos de casados de João Viana e Enilda!
O Rotary Club Imperatriz esteve em noite de gala, mas, sobretudo, em noite familiar e de companheirismo.
Até os próximos aniversários!
A presidente Eleusa Moraes foi, mais uma vez, extraordinária!