Hemerson Pinto
A onda de boatos sobre ações criminosas que estariam sendo praticadas em Imperatriz, na noite da última segunda-feira, começou a se espalhar após os assassinatos de dois homens, crimes que aconteceram por volta de 20h em frente a uma faculdade particular, no Parque Sanharol (informações na página policial).
Em seguida, notícias sobre arrastões, outros homicídios, tiroteios, rebelião na Central de Custódia de Presos de Justiça - CCPJ, arrobamentos de lojas, além de informações sobre outros crimes, começaram a circular pelas redes sociais. Em pouco tempo a população estava em pânico. Grupos de notícias no WhatsApp foram bombardeados com informações falsas.
Em uma das mensagens, a notícia sobre um homicídio com quatro vítimas próximo ao Centro de Convenções, na área central da cidade. Na Vila Cafeteria, mais três pessoas teriam sido assassinadas, no mesmo instante em que estaria acontecendo um tiroteio próximo a um cursinho pré-vestibular no Centro.
Outras notícias criadas para assustar a população às vésperas do Dia da Mentira, 1º de abril, foram sobre disparos de arma de fogo, quase que ao mesmo tempo, em bairros diferentes. Um grupo de assaltantes também estaria tomando motocicletas, pouco depois de meia noite, nas proximidades do Parque Sanharol. Apenas boatos.
“Eu fiquei morrendo de medo e sem saber o que fazer. Estava na faculdade quando fiquei sabendo dos homens que morreram perto de outra faculdade. Depois, nos grupos que eu participo, pelo WhatsApp, as pessoas começaram a se interrogar se era verdade que tudo isso estava acontecendo em Imperatriz. Tive que ligar pra minha casa e pedir que meu pai e meu irmão viessem até a faculdade e me acompanhar até em casa. E com medo do que pudesse acontecer no caminho”, lembra a estudante Carolina dos Santos.
Jornalistas que acompanham as ocorrências policiais na noite imperatrizense também receberam as falsas informações, além de mensagens e ligações de pessoas assustadas, querendo saber a veracidade das notícias.
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