Com o tema "Mamãe não deixe seu filho nascer com Sífilis", a Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS) vem desenvolvendo ações que visam incentivar a prevenção da doença. Na manhã de ontem (21), a equipe do Programa DST Aids do Município realizou a entrega de materiais informativos no perímetro urbano da BR-010 (setor Entroncamento). O objetivo é incentivar o diagnóstico precoce com o teste rápido.
A campanha, segundo explica a coordenadora do Programa, Ana Flávia Alencar, pretende, além de incentivar a prevenção, estimular a realização de testes para diagnosticar a doença cada vez mais cedo. "Nosso foco é chamar a atenção da população imperatrizense em relação ao alto índice de sífilis, uma doença grave transmitida pela relação sexual desprotegida, por transfusão de sangue contaminado e de mãe para filho no período da gestação ou durante o parto", ressalta Ana Flávia.
Ela explica que só este ano 249 pessoas já foram diagnosticadas com sífilis em Imperatriz e região, por isso as ações foram intensificadas este mês com o objetivo de conscientizar a população imperatrizense, principalmente as mulheres grávidas, e assim evitar sérios problemas na hora do parto e que a doença não seja transmitida para a criança.
Vale ressaltar que a sífilis é uma doença sexualmente transmissível grave, que pode provocar sérios danos, mas quando devidamente tratada tem em média 98% de chance de cura. A coordenadora esclarece que a cura da sífilis pode ser alcançada em uma ou duas semanas de tratamento, mas que há casos em que ela pode perdurar por dois anos ou mais, dependendo do tipo da sífilis. Cada estágio da doença está relacionada à fase do descobrimento, por isso a importância do diagnóstico precoce.
"Fazer o teste é o primeiro passo. Para tanto, disponibilizamos atendimento na sede do Programa no Complexo de Saúde do Parque Anhanguera de segunda sexta-feira pela manhã; basta nos procurar para fazer o exame, que tem resultado emitido em 15 minutos. Mas vale ressalta mais uma vez que usar preservativo ao ter relação sexual é a melhor forma de combater a doença", observa Ana Flávia.
Além disso, a Rede Pública de Saúde do Município oferece também o tratamento. Para os usuários do Sistema Único de Saúde diagnosticados com a doença, a SEMUS dispensa por meio do Programa DST/Aids a penicilina, que segundo o Ministério da Saúde, é a substância mais adequada e indicada para o tratamento, por ser o único medicamento que consegue tratar a mãe e o bebê.
Contudo, a coordenadora do DST/Aids alerta: "Existem pacientes que foram diagnosticados com sífilis, foram tratados e dentro de um ano já é foram diagnosticados novamente. Então, isso é sinal que mesmo com nossas orientações e diversas campanhas com foco na prevenção combinada ao uso da camisinha, o que está faltando é a prevenção por parte das pessoas", frisa Ana Flávia.
A sífilis congênita é transmitida da mãe para o feto, por meio da placenta. Para evitar que isso ocorra, a gestante deve receber tratamento até um mês antes do parto. Mais da metade das crianças que nascem infectadas não apresenta sintomas. [Maria Almeida - ASCOM]
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