Chamas consomem a mata e oferecem riscos a animais e índios habitantes da área

Hemerson Pinto

O fogo começou na tarde do último dia 21. Em poucas horas havia se expandido e tomado conta de uma área intensa da mata que compõe reservas indígenas no território do município de Amarante do Maranhão.
Nas terras indígenas de Arariboia, Lagoa Comprida, Zutiwa e Angico Torto, o fogo chegou rápido e devastando o que encontrou pela frente. Homens do Corpo de Bombeiros, equipe do Ibama, soldados do Exército Brasileiro trabalham em conjunto com o objetivo de conter as chamas.
O mato seco alimenta o fogo, que durante a semana avançou em velocidade considerável. As equipes que combatem o incêndio em terra receberam reforços de índios de algumas aldeias. Um helicóptero é usado para monitorar os focos e guiar as equipes que ainda encontram dificuldades no combate. Algumas casas de aldeias já foram queimadas e animais que vivem na mata morreram carbonizados.
Na região afetada pelo incêndio habitam os índios Awá, grupo que optou por viver isolado da sociedade. O local onde vivem ficou cercado pelas labaredas e a preocupação dos brigadistas é com a vida desse grupo.