A balsa do Yate Club, que serve como ancoradouro dos barcos, afundou na última terça-feira (25). A causa apontada é o constante sobe e desce do rio Tocantins. Com vinte e dois metros de comprimento, a embarcação passou recentemente por uma reforma que custou mais de 50 mil reais.
A preocupação da direção do clube é que o gasto para recuperá-la novamente seja ainda maior. “Ela não vai sair daí inteirinha do jeito que estava. No mínimo, vai sair com o piso destruído ou mesmo as canoas. Vai ser um prejuízo em cima do outro”, lamenta Raimundo Cardoso, que trabalha no Yate há onze anos.
Para conseguir retirar a balsa do rio, foram realizadas duas tentativas. A primeira na quarta-feira (26), em que se tentou esvaziar a água de dentro das canoas que fazem a sustentação da balsa, porém os funcionários não obtiveram sucesso.
Ontem (27), um guincho foi utilizado para içar a balsa. “Estamos tentando desafundar a balsa desde as nove horas da manhã. Com mais de 6 horas de trabalho, vamos ter um gasto de mais de 5 mil reais, fora os reparos com o conserto dela”, reclama Adalton Corrêa, que é responsável pela ancoragem.
Segundo informações dos funcionários do Yate Club, a balsa nunca tinha afundado antes. “Sempre estamos monitorando a balsa para que nada aconteça, mas como o rio sobe e desce rápido demais não conseguimos segurar, acreditamos que esse desnível do rio é por causa da barragem da usina hidrelétrica”, comenta Raimundo Cardoso.
Posicionamento - A Usina Hidrelétrica de Estreito (UHE) fica a 130 km da cidade de Imperatriz e está localizada no Rio Tocantins, na divisa dos estados do Tocantins e Maranhão, nos municípios de Estreito (MA) e de Aguiarnópolis e Palmeiras do Tocantins (TO).
Segundo informações da assessoria, sempre que é necessário abrir as comportas, a Defesa Civil é notificada, e para cada abertura é feito um controle para que não cause danos à população. A reportagem tentou contato com a Defesa Civil de Imperatriz, porém não obteve sucesso.
Publicado em Cidade na Edição Nº 14590
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