Hemerson Pinto
“Basta apontar a chuva no céu que a gente aqui embaixo já fica assombrado. Não é nem tanto pelos trovões e ventos, é por causa das ruas. Se em bairros como esse que eu moro e no Centro a água não tem para onde sair, você imagine naqueles bairros mais distantes”, diz o vendedor de frutas Manoel Dias. Morador do bairro Nova Imperatriz, viu mais uma vez a Rua Manaus se transformar em uma lagoa, atrapalhando o trânsito e levando água para dentro das residências.
A cena foi registrada por uma pessoa que voltava do trabalho no início da noite da última sexta-feira e precisou desviar o caminho até a residência onde mora. A chuva caía e a autora da fotografia fez uma parada, a foto e postou nas redes sociais. Antes da água sumir, a cidade inteira já sabia que, mais uma vez, e como acontece a cada chuva forte, a Rua Manaus ficaria alagada em pelo menos três quarteirões, no trecho entre a Rua São Paulo e Avenida Santa Teresa.
Uma servidora pública municipal comentou à nossa reportagem: “Não dá para acreditar que é um problema sem solução. Acredito que falta é vontade de arrumar essa solução. Assim passam anos e anos, entra inverno e sai inverno, e aqui é sempre assim. Quando a água não some, em muitas casas fica voltando do esgoto pelo ralo do banheiro. Não dá pra se conformar”, desabafou, pedindo para não ser identificada.
No dia seguinte, muitos comentários sobre alguns transtornos provocados em pouco mais de uma hora de chuva. “É pouco tempo para causar danos como alagamentos. Algo precisa ser feito na cidade”, avalia o estudante Cleiton Rodrigues.
Segundo a Defesa Civil, poucos pontos de alagamento foram registrados na cidade, como no Mercadinho e Centro. Em pouco mais de 30 minutos caíram 49 milímetros de chuva. Nossa redação recebeu informações que nos bairros Vila Lobão e Vila Redenção algumas ruas também ficaram alagadas.
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