Máquinas realizam serviço provisória na Pedro Neiva

Hemerson Pinto

O trecho comprometido por buracos e lama na Avenida Pedro Neiva de Santana foi denunciado na semana passada por O PROGRESSO. Há três dias o diário voltou a publicar matéria cobrando atenção das autoridades responsáveis. Pouco depois das 6h de sábado, 03 de maio, caminhões e máquinas chegaram ao local.
As reclamações dos condutores de veículos que passam nas proximidades da rotatória, antes cercada de crateras que prejudicaram o trânsito e provocavam danos até mesmo em caminhões, deram espaço ao ato de parar e espiar.
“Queremos saber se o serviço vai ser de qualidade ou se vai se desmanchar com as primeiras chuvas?”, questionou o comerciante Amadeus Ribeiro, que diariamente enfrentou o trecho. “Já vi até gente cair de moto aqui. A garota ia pra faculdade e se sujou toda. Por pouco não se machucou”, afirma.
Quem soube da chegada do maquinário no início do dia foi o auxiliar comercial Raimundo Nonato. Morador da Vila Redenção I, não se conteve em saber da notícia apenas pela boca de um vizinho. “Peguei a bicicleta e vim olhar de perto. Tomara que não seja apenas paliativo, como fizeram outras vezes. Tem que ser um serviço bem feito, é isso que os imperatrizenses merecem”, comentou.
Mas é um paliativo, sim. O deputado federal Chiquinho Escórcio afirmou que estava presente no local da obra desde a chegada dos veículos e máquinas que realizaram o serviço de recuperação do trecho da rodovia/avenida que liga Imperatriz a João Lisboa. “O que vai ser feito é um paliativo e depois será feito um novo projeto, quando passar as chuvas”, disse o parlamentar.
Segundo o deputado federal, que acompanhou os trabalhos feitos pela empresa Terramata, para a duplicação da Avenida Pedro Neiva de Santana “foi um projeto mal feito e que precisa ser refeito logo após as chuvas. Aqui temos a bacia de uma lagoa e de um córrego. Com as chuvas não há asfalto que aguente. A governadora disse que tomou todas as providências aqui para que reparos fossem feitos e a situação continua. O paliativo é apenas para dar trafegabilidade enquanto deve ser feito um projeto de drenagem profunda”, concluiu.
Para a estudante Elisângela de Araújo, “é necessário que se tenha mais responsabilidade com a coisa pública, e que uma obra como essa fosse bem calculada e pensada, com um projeto sério, para não resultar nisso que estamos enfrentando hoje”, declarou.
Enquanto as máquinas realizavam o serviço nos pontos mais críticos da rodovia estadual, o trânsito da pista que tem sentido Imperatriz/João Lisboa foi desviado para a mão contrária, sinalizada para evitar danos maiores.