Hemerson Pinto
Quem visitou a Avenida Beira-Rio nas noites do sábado (02) e domingo (03) se deparou com equipes da Defesa Civil do Município de Imperatriz acompanhadas de policiais militares. O objetivo da visita, segundo o superintendente do órgão, foi registrar em fotos tudo o que possa comprometer a imagem de um dos pontos mais frequentados da cidade, causar constrangimento ou afetar diretamente, ou indiretamente, o meio ambiente.
“Esse material vamos usar para preparar um laudo que vai ser encaminhado para o promotor de Justiça de Meio Ambiente, Jadilson Cirqueira, que foi quem nos solicitou, por meio de um documento, a realização desse trabalho. Em obediência à recomendação, fizemos uma visita e registramos em fotos mostrando toda a realidade daquele setor”, explica o superintendente da Defesa Civil, Francisco das Chagas.
O superintendente destacou algumas situações observadas pelas equipes e que, de acordo com ele, merecem atenção da justiça: “Agressão ambiental do rio e das próprias lagoas; passeio público cheio de obstáculos como mesas e cadeiras, impossibilitando a passagem de pedestres; venda de bebida alcoólica para menores, assim como o consumo por parte desses adolescentes; venda e uso de entorpecentes; poluição sonora altíssima; atos obscenos e virou um motel a céu aberto”, declara Francisco das Chagas, afirmando que a equipe ouviu depoimentos de pessoas relatando sobre práticas sexuais no local.
O ofício expedido pela 3ª Promotoria de Justiça Especializada da Comarca de Imperatriz, Meio Ambiente e Educação à Defesa Civil solicita, in loco, uma vistoria na Avenida Beira-Rio, detalhando que o trabalho deve ser feito especificamente nas áreas externas das duas lagoas e no trecho da avenida, localizado ao lado da praça, onde são instaladas as barracas de comidas, com o objetivo de flagrar algumas das situações citadas aqui anteriormente.
Exatamente no local indicado para a operação, a Defesa Civil encontrou no primeiro dia de visita 35 veículos com os sons ligados ao mesmo tempo. No domingo, o número aumentou para 45, dificultando ou impedindo a passagem de pedestres nos passeios públicos da Avenida Beira-Rio, 47 jogos de mesas, totalizando 188 cadeiras, segundo a afirmação de Francisco das Chagas. Apesar de a área vistoriada ser de responsabilidade da Secretaria de Meio Ambiente, a determinação do Promotoria de Meio Ambiente foi dirigida à Superintendência da Defesa Civil.
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