Prefeito Sebastião Madeira elogia parceiros do projeto

No final da tarde dessa segunda-feira (9), as dependências do Teatro Ferreira Gullar ficaram completamente lotadas de autoridades, professores e alunos de escolas da rede pública municipal, que prestigiaram o lançamento do projeto “Nossa Arte nas Escolas”, iniciando seu terceiro ano de atividades. Promovido pela Fundação Cultural de Imperatriz (FCI), o projeto tem a parceria da Secretaria Municipal da Educação (SEMED) e da Vara da Infância e da Adolescência da Comarca de Imperatriz.
De acordo com seu idealizador e coordenador, Zeca Tocantins, trata-se de um projeto muito interessante, que leva a música, os livros e outros bens culturais produzidos nesta cidade para as escolas municipais. “A ideia é promover o intercâmbio cultural entre alunos, diretores, professores e artistas, com a realização de atividades como palestras, shows, lançamento de livros, saraus, sebos de livros e outros”, diz Zeca, acrescentando que tudo é feito de forma interativa, divertida e educativa.
Representando professores e escritores na mesa oficial, José Ribeiro de Oliveira disse que o projeto não valoriza apenas alunos e professores, mas também os artistas locais que têm a oportunidade de interagir com a classe estudantil. “O projeto é tão importante que logo ganhou a simpatia do juiz Delvan Tavares, da Vara da Infância e da Juventude, que vem realizando excelente trabalho com os alunos”, disse Ribeiro, ressaltando que “tudo que fizermos pela cultura ainda é pouco”. Ele aproveitou para solicitar o engajamento de todos.
Ao se pronunciar durante a solenidade, a professora e escritora Edna Ventura, presidenta da Academia Imperatrizense de Letras (AIL), elogiou a Fundação Cultural pela manutenção do projeto nas escolas. “Pessoalmente, como professora da rede pública, posso dizer que tenho orgulho de trabalhar com as crianças, e o projeto Nossa Arte nas Escolas tem colaborado diretamente com a cultura e a educação de todos os que tiveram oportunidade de participar em edições anteriores”, afirmou Edna.
O promotor da Vara da Infância e da Juventude, João Marcelo Trovão, observou que “durante muitos anos associamos a pobreza com a violência, mas hoje crescemos economicamente, mas cresceu também a violência, fazendo ruir esse paradigma”. O promotor orientou as autoridades a se unirem aproveitando esse desenvolvimento econômico que ora passa o país e o município de Imperatriz, “para que possamos trabalhar o crescimento humano dessas crianças e adolescentes, preparando-as para um futuro digno”.
Por sua vez, o secretário municipal de Educação, Zesiel Ribeiro, afirmou que, para todas as pessoas que fazem a educação, esse é um momento de agradecimento à Fundação Cultural de Imperatriz pela oportunidade de levar para as escolas a cultura e as artes em suas mais diversas manifestações. “E a Vara da Infância e da Juventude por levar conhecimento das responsabilidades que alunos e professores têm perante a Justiça”, concluiu o secretário.
O titular da Vara da Infância e da Juventude, juiz Delvan Tavares, lembrou, inicialmente, que o projeto Nossa Arte nas Escolas foi concebido por um poeta, cujas poesias ainda não foram descobertas, “trata-se de Zeca Tocantins”. O magistrado disse ter abraçado o projeto por várias razões, mas a principal delas é poder apresentar para os estudantes informações como os direitos e as garantias de crianças e adolescentes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), bem como a divulgação do trabalho do Comissariado de Justiça e da Portaria Nº. 01/2008, que regulamenta a entrada e permanência de crianças e adolescentes em festas, shows, bares, etc.
Na ocasião, a professora Núbia Ângela fez uma amostragem geral do projeto, colocando sua importância principalmente para a classe artística local, “uma vez que o projeto, além de levar cultura e cidadania aos alunos, também forma a plateia que virá assistir aos shows de nossos artistas”, observa. Após as apresentações artísticas de várias escolas municipais, a coordenação entregou aos diretores um kit contendo um CD de artistas da terra, CD pedagógico, três livros de membros da AIL, revista do ECA e a Portaria da Vara da Infância e Juventude, que será trabalhado nas escolas. (Domingos Cezar - Comunicação)