Plenário da câmara ficou lotado

Denis Oliveira

O problema dos resíduos sólidos de Imperatriz está próximo de uma solução. Nesta quinta-feira (16), a partir das 9h, a Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (Sepluma) põe em discussão o plano de gerenciamento de resíduos sólidos urbanos de Imperatriz. O evento acontece na Câmara Municipal e será aberto ao público.
O plano foi elaborado com base na Lei Federal que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (12.305/2010), que determina que todos os municípios brasileiros devem adotar medidas politicamente corretas para a destinação do lixo.
Até o atual mês de agosto, os municípios devem apresentar seus planos ao Governo Federal. Em 2014, todos devem estar com ações implantadas. Segundo o secretário da Sepluma, Enéas Rocha, o lixão está com os dias contados em Imperatriz. “[O lixão de Imperatriz] já está com os dias contados. Uma das preocupações da Prefeitura é com o lixão, que haja uma solução definitiva. Nós já realizamos os estudos para a recuperação do atual lixão, estamos buscando parceria para a realização desta recuperação e, até o final de 2013, essa realidade já será totalmente diferente”, garante.
Enéas lembrou que esta não é a primeira reunião buscando discutir o problema do lixo. Ele explica que, desde 2010, a Prefeitura procura a solução para o destino deste tipo de material na cidade. “Desde 2010 o município de Imperatriz, preocupado com o problema dos resíduos sólidos, começou a promover fóruns e encontros para a discussão desse tema. Nós realizamos aqui o ‘I Fórum da Mesorregião Tocantina’, contando com vários municípios, porque a nossa intenção era fazer um consórcio entre vários municípios. Não foi possível [fazer] esse consórcio, então Imperatriz caminha em seu caminho próprio para fazer seu plano municipal, e isso nós temos feito”, explica.
De acordo com o secretário, o plano deve contemplar a coleta seletiva, explicando a destinação final dos diferentes tipos de resíduos, como de saúde, industriais, da construção civil, domiciliares, do comércio e outros. Ele aproveitou para convidar a população imperatrizense para participar da audiência pública, para conhecer o plano e dar sugestões.

Última audiência
A última reunião para a discussão do plano aconteceu no último mês de julho. Na ocasião, estavam presentes o doutor em desenvolvimento sustentável da Universidade Federal do Pará (UFPA), Édney Loiola, a engenheira ambiental, Márcia Gardene, além do representante da Associação dos Criadores de Materiais Recicláveis de Imperatriz (Ascamari). Todos foram fundamentais para a elaboração do projeto.
Segundo Loiola, o plano foi elaborado dentro das peculiaridades da cidade. “É um processo de identificação, de como se encontram os resíduos na cidade e qual é esse tipo de resíduo: construção civil, domiciliar, orgânico, químico ou hospitalar. Posteriormente, apresentaremos um programa e alternativas práticas efetivas de redução e solução do problema do resíduo”, finalizou.
Uma das alternativas para o gerenciamento dos resíduos sólidos de Imperatriz é a implantação da indústria do grupo GS, que trabalha com geração de energia a partir do lixo. No mês passado, empresários coreanos, que representam a multinacional, estiveram na cidade para discutir a implantação. Ainda não há, no entanto, definição quanto a seu investimento na cidade.