Carlos Gaby/Assimp
Audiência pública nessa quarta-feira (13), na Câmara Municipal de Imperatriz, debateu o funcionamento e a possibilidade de fechamento da agência da Praça de Fátima do Banco do Brasil, como já ocorreu com a agência da Praça da Cultura. A sessão foi dirigida pelo vereador Aurélio Gomes (PT), presidente da Comissão do Consumidor, e realizada a pedido do vereador Carlos Hermes (PCdoB).
Participaram da sessão o superintende regional de Varejo do BB, Raul Wahbe, dirigentes do Sindicato dos Bancários e representantes do setor empresarial.
Raul Wahbe explicou que existe uma demanda judicial em relação ao aluguel do prédio da agência Praça de Fátima, mas garantiu que o banco vai recorrer de uma decisão judicial de despejo e que, em caso alternativo, a agência pode funcionar no prédio próprio da Praça da Cultura.
“A posição do banco é de que iremos continuar atendendo aos nossos clientes da melhor forma possível. Há uma questão judicial de renovação do contrato [do prédio]. Essa decisão ainda não foi transitada em julgado e estamos aguardando a Justiça nessas decisões. Teve uma decisão, o banco está recorrendo e precisamos aguardar”, esclareceu Wahbe.
A respeito da agência da Praça da Cultura, disse que “o Sindicato [dos Bancários] apresentou uma sugestão para que, em dependendo de uma decisão da agência da Praça de Fátima, realocá-la para a Praça da Cultura”. “Como se trata de questões legais, de questões jurídicas, o nosso superintendente estadual estará em Brasília amanhã [nesta quinta] para discutir com a direção do banco também essa sugestão do sindicato”, complementou o superintendente.
O diretor do Sindicato dos Bancários, Luiz Maia, disse que o fechamento da agência da Praça de Fátima traria grandes prejuízos, principalmente aos cerca de 9 mil clientes da agência. “A ameaça é real. Os prejuízos não seriam apenas para o corpo funcional, mas para a população como um todo, clientes, usuários, pensionistas, aposentados, que são atendidos nessa região da parte velha da cidade. Teria uma consequência social e do ponto de vista econômico também”, ressaltou.
Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Chico Brasil, a possibilidade de fechamento de mais uma agência do BB é “uma notícia muito ruim”, diante das inúmeras reclamações dos clientes e usuários em relação ao atendimento, seja por falta de pessoal ou defeito em máquinas e equipamentos.
“Hoje você perde em média uma ou duas horas para ser atendido numa agência bancária, e como ficaria o mercado com a redução do número de agências?”, questionou. Segundo ele, a classe empresarial está fazendo um apelo para que o BB “possa repensar essa decisão”.
Resultado positivo
De acordo com o presidente da Comissão do Consumidor, Aurélio Gomes, o resultado da audiência foi positivo. “Com a pressão da Câmara e do Sindicato dos Bancários, tivemos a garantia do superintende regional, senhor Raul Wahbe, de que o Banco do Brasil não irá fechar a agência [Praça de Fátima], que poderá ser transferida para a agência da Praça da Cultura, que foi fechada. Isso nos tranquilizou, mas a comunidade deve continuar alerta, assim como os funcionários do Banco do Brasil”.
O vereador Carlos Hermes comemorou o resultado da audiência. “A audiência cumpriu com sua missão de reforçar a luta contra o fechamento da agência do BB da Praça de Fátima. Na verdade, já havia em curso um projeto do banco de fechar e hoje aqui, diante do Sindicato dos Bancários, dos empresários e dos vereadores, o Banco do Brasil, através de superintendente regional, assumiu o compromisso de não fechar. Já é resultado da luta e da pressão que está audiência causou. Portanto, o banco não pode fechar agência, tem é que abrir. Estamos lutando para que o Banco do Brasil abra uma outra agência do outro lado da BR, ou na Vila Nova ou na Vila Lobão”.
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