Hemerson Pinto
O assunto discutido em sessões da Câmara Municipal e em rodas de conversas formadas nas esquinas virou tema de audiência pública que acontece hoje. Representantes da Companhia Energética do Maranhão (Cemar) e vereadores devem apresentar ideias para que a obra da Linha de Transmissão seja concluída sem causar prejuízos a moradores dos bairros onde 88 postes de 22 metros de altura estão sendo instalados. O encontro vai ser na Câmara de Vereadores.
A Cemar adiantou que vai apresentar duas propostas: uma, que o posteamento continue na Rua Floriano Peixoto (sentido Grande Santa Rita/Nova Imperatriz) até chegar à frente do cemitério Campo da Saudade, como vem sendo feito, e então ser levado por uma área mais afastada das residências, situada mais próximo às margens do rio Tocantins. A outra ideia é levar a Linha de Transmissão por outro setor, cortando dois riachos (Santa Teresa e Capivara). A última pode ter alguma desvantagem: provocar impacto ambiental.
“Há possibilidades desde que haja um entendimento, sobretudo com o poder público, para analisar a viabilidade técnica. Os vereadores devem avaliar e sugerir outras alternativas durante a audiência pública”, explica o executivo de imprensa da Cemar, Luiz Carlos Cardoso.
As subestações Santa Rita (próximo à entrada do bairro Ouro Verde) e Beira-Rio (em construção), além da Linha de Transmissão, são necessárias para garantir o fortalecimento do sistema elétrico da cidade, comprometido com o aumento do consumo de energia “devido a expansão, atração de novos investimentos, crescimento imobiliário, comercial, rural, industrial”, declara o representante da companhia, afirmando que o índice maior de consumo está na parte central da cidade.
A fixação dos postes foi impedida pela Prefeitura de Imperatriz, que embargou a obra por meio da Secretaria de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (Sepluma). Motivo? A empresa não teria apresentado documentação necessária ao município para a execução dos serviços. Em matéria publicada em O PROGRESSO na semana passada, a empresa afirmou o contrário.
Na entrevista com o executivo de imprensa, Luiz Carlos Cardoso afirmou que o traçado desenhado no planejamento obedece orientações da Associação Brasileira de Normas Técnicas. “São postes de 22 metros de altura com base reforçada, causa impacto visual, mas isso é para garantir a segurança dessas estruturas de fornecimento de energia em alta tensão”, completa.
O representante da empresa destacou a falta de um plano diretor em uma cidade do porte de Imperatriz, o que facilitaria a execução de projetos como o da Linha de Transmissão, sem maiores transtornos. “Se tivéssemos uma cidade planejada, essas calçadas teriam dimensões necessárias para atender às necessidades de implantação de serviços públicos”, refletiu. A audiência pública tem início às 9h desta quarta-feira.
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