Hemerson Pinto
Em edições anteriores, o Ato Unificado do Dia dos Trabalhadores e Trabalhadoras era realizado em 1º de maio, data que homenageia internacionalmente os trabalhadores. Este ano o movimento foi antecipado e aconteceu na tarde de ontem, 30 de abril. A Praça de Fátima foi o ponto de encontro de quem resolveu sair às ruas e ‘soltar o grito’ por dignidade.
A educação, a saúde do brasileiro, o transporte público, principalmente em capitais e grandes cidades, foram temas dos vários protestos que aconteceram entre os meses de junho e julho de 2013. Os atos pacíficos, muitas vezes tumultuados por quem se infiltrava para praticar vandalismo, serviram como espelho para manifestações que passaram a acontecer com mais frequência após o povo despertar para expor nas ruas a insatisfação com o poder público.
“Não é um dia para festa, é um dia para lembrar todas as lutas e conquistas, e muito mais, o que tem que ser conquistado. Estamos aqui para reivindicar direitos dos trabalhadores. Nós estamos unidos com outras classes para lutar por melhorias para quem é trabalhador”, diz Félix Lima, representante do movimento União Classista.
Para o agente comunitário Valdemi Alves, a categoria também tem muito o que reivindicar: “Principalmente reajuste de salário. Nossa categoria nunca foi recebida pelo Município para tratar sobre isso. Temos de trabalhar, mas temos de receber salário digno para nos manter com nossas famílias”, comentou.
Indígenas da aldeia Krikati, próximo ao Município de Montes Altos, também compareceram ao movimento. “Nós temos muito o que reivindicar para os povos indígenas da nossa região. Precisamos de mais apoio nas nossas lutas, de ser mais vistos e ter nossos direitos respeitados”, disse o o cacique João Krikati.
Após a concentração na Praça de Fátima, Centro, dezenas de pessoas seguiram em caminhada pela ruas Simplício Moreira, Luís Domingues e pelas avenidas Getúlio Vargas, Ceará e Dorgival Pinheiro, até chegar novamente à praça.
Durante o percurso foi disponibilizado o microfone para representantes estudantis, de classe trabalhadora, aos indígenas e líderes de outras entidades que participaram do ato.
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