O cirurgião Alisson Mota, examina a paciente depois da operação

A região Tocantina, que concentra mais de um milhão de habitantes, tem no Hospital Municipal de Imperatriz (HMI), o Socorrão, um centro de referência no atendimento de urgência e emergência.
Diariamente, o hospital recebe centenas de pacientes de diversas cidades da região e dos estados vizinhos. Mesmo com a demanda excessiva, a saúde municipal tem se destacado principalmente nos casos que envolvem as cirurgias de emergência mais complexas.
Foi o que aconteceu no último final de semana com a paciente Cleidiane Carvalho Santos, vítima de tentativa de homicídio no município de Carolina, que deu entrada no pronto socorro do HMI na madrugada de sábado (01) com uma faca de 40 cm cravada na região frontal da face, na altura do olho.
Pela raridade e gravidade do caso, a mulher foi encaminhada imediatamente ao bloco cirúrgico, onde foi submetida a uma cirurgia e depois de 2 horas a paciente já apresentava sinais de recuperação.
O cirurgião Alisson Mota, que é diretor do HMI, estava de plantão naquela noite e foi o responsável pela cirurgia, que além de salvar a vida de Cleidiane, evitou que a jovem mulher sofresse sequelas mais graves.
“A faca de 40 cm entrou na órbita ocular e qualquer movimento brusco nos quase 200 quilômetros que a paciente percorreu até chegar ao Socorrão poderia ser fatal. A faca atingiu uma região muito próxima à base do crânio, próxima à coluna cervical, que, se atingida, poderia ter deixado a paciente tetraplégica. Outro risco que ela correu foi nas artérias oftálmicas, que, se atingidas, poderiam ocasionar uma hemorragia de difícil controle, podendo levar ao óbito. Uma cirurgia desse porte à qual a paciente foi submetida só ocorre de 10 em 10 anos”, afirmou.
Segundo Alisson Mota, o sucesso da operação superou até mesmo a expectativa da equipe formada por anestesista, técnicos e enfermeiros. “Os recursos materiais e a competência técnica da equipe foram fundamentais para o sucesso do procedimento. A cirurgia foi muito complexa, delicada, contou com a destreza do anestesista que não podia falhar em momento algum e com a intervenção precisa da equipe do hospital. Casos como o de Cleidiane revelam o quanto o Hospital Municipal de Imperatriz está bem aparelhado em todos os setores, tanto pessoal quanto material, sendo capaz de salvar vidas nos mais complexos procedimentos de urgência e emergência. [Da ASCOM]