O assunto que se tornou notícia nacional na semana passada de um atendente do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) de Imperatriz, que se negou a enviar a ocorrência para o médico plantonista a quem deveria tomar as providencias quanto a atender ou não a ocorrência, está sendo apurado em comissão processante do município. Também foram enviados todos os áudios para que seja apurado em inquérito policial. A informação foi dada ainda na sexta-feira pelo prefeito Assis Ramos.

Sobre a lamentável e inadmissível negativa de atendimento cometida pelo servidor do SAMU, efetivo/concursado, Marcos Vieira, o prefeito Assis Ramos determinou seu imediato desligamento das funções e abertura de inquérito administrativo para sua provável demissão.
Determinou mais: que gravações e todos os passos das investigações sejam imediatamente repassados à Polícia Civil e ao Ministério Público, para alimentar os procedimentos de apuração do crime de omissão de socorro.
Diz o prefeito que a indignação geral provocada por esse absurdo procedimento exige punição rápida e exemplar. Para tanto, que se cumpram o mais rapidamente possível os procedimentos de Lei.
O prefeito Assis Ramos acrescentou ainda que sempre tem feito esforços no sentido de que os servidores públicos entendam que o usuário é quem nos paga e que devemos atender bem ao publico, e não maltratá-lo. “Sempre que tenho oportunidades de falar aos agentes públicos destaco a principal prioridade dos agentes públicos, que é atender bem quem nos procura, pois é ele como contribuinte que paga os nossos salários. Não concordo, não concordei com estas lamentável ocorrência e vamos buscar puni-lo administrativamente e até judicialmente”, destacou.
O coordenador do Samu, Alexsando Freitas, afirmou que tão logo foi informado do ocorrido, determinou o afastamento do servidor, bem como a abertura de sindicância no próprio órgão para apurar as responsabilidades e afirmou ainda que o protocolo de atendimento não é feito pelo atendente, e sim pelo médico. “Ele errou, não tem poder de decidir sobre atender ou não a ocorrência. Cabe a ele atender e repassar ao médico para que ele decida o que fazer. Sentimos pelo que houve, e isso não é uma praxe aqui no Samu”.
O atendente, em contato com a imprensa, admitiu que errou em não encaminhar a solicitação ao médico e culpou problemas de ordem particulares para a sua atitude. “Admito que errei, foi meu erro não ter encaminhado ao médico a ocorrência. Ele é quem deveria saber o que fazer.  É que estou com problemas de ordens particulares já há algum tempo, e isso tem me prejudicado”, disse ele.