Fernando de Aquino
O programa do Governo Federal “Mais Médicos” iniciou suas atividades nessa segunda-feira, dia 02 de setembro, em mais de 454 cidades brasileiras. No Maranhão 20 municípios serão contemplados com o reforço de 46 profissionais que irão atuar nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o site do Ministério da Saúde, São Luís, capital do estado, recebeu a maior quantidade de médicos, contabilizando onze profissionais. Para Imperatriz foram destinados cinco médicos, quatro brasileiros e um estrangeiro.
O coordenador da Atenção Básica em Imperatriz, Anderson Nascimento, contou que até o momento uma inscrita apresentou a documentação exigida. Os médicos foram encaminhados para postos de saúde determinados pelo governo em acordo com dados específicos de demanda, como quantidades de famílias cadastradas no posto e número de atendimentos. O coordenador acredita que o programa atenue os casos generalistas. “Com carga horária de 40 horas semanais, os médicos irão diminuir os grandes números gerados pela deficiência da atenção básica”.
O autônomo Adonilson Ferreira Matos, usuário do SUS, acredita que o reforço na equipe de saúde é indispensável para o bom funcionamento dos hospitais e postos de saúde, porém, segundo ele, o governo deveria investir nas estruturas. “Todo reforço é bem vindo, mas acho que só os médicos não resolvem o problema da saúde pública. É necessário mais leitos, medicamentos e materiais hospitalares”. Adonilson, que estava na fila do posto de saúde tentando remarcar uma consulta médica, conta que há pouco tempo precisou internar o filho com problemas nos rins. A falta de leitos e de remédios foi um grande problema”.
Investimento - Segundo dados do Ministério da Saúde, serão investidos R$ 511 milhões. No primeiro módulo do programa, 1096 médicos com formação no Brasil e 559 de formação no exterior foram divididos em 456 cidades e 15 distritos e áreas de proteção indígena. A bolsa mensal para os participantes do programa é R$ 10 mil. Os imigrantes passaram pelo curso do módulo de acolhimento e avaliação com total de 120 horas. Foram abordados aspectos da medicina brasileira, como doenças de incidência em nosso território com especificações nas enfermidades indígenas, comunicação e língua portuguesa, aspectos éticos e legislatura médica. Durante o curso foram realizadas simulações de casos de procedimento básico.
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