No auditório da Secretaria de Educação, na Rua Ceará, secretários e assessores chefes relataram a Assis Ramos o que já foi feito em cada uma das pastas

Foi a primeira reunião do prefeito com todo o seu primeiro escalão desde que tomou posse há 40 dias. No auditório da Secretaria de Educação, na Rua Ceará, secretários e assessores chefes relataram a Assis Ramos o que já foi feito em cada uma das pastas, o que já poderia ter sido feito (mas não aconteceu) e os gargalos que ainda emperram cada um dos setores. Esse tipo de encontro acontecerá todos os meses com a finalidade de aferir o que está sendo feito e projetar as ações para os próximos trinta dias e para todo o ano em curso.

Só não compareceram a secretária de Desenvolvimento Social, Fátima Avelina, que acompanha a cirurgia de uma neta, em São Paulo; o presidente da Fundação Cultural, Chiquinho França, que foi a São Luís em busca de recursos para o carnaval, e o procurador geral, Rodrigo do Carmo, que representava o município em negociações com o Tribunal de Contas do Estado, na capital. Os três foram representados pelos adjuntos.
O prefeito disse, na abertura, de todas as dificuldades que, segundo ele, "são mais desafiadoras do que se poderia imaginar". Pediu ação e criatividade, reforçou a necessidade de um banco de projetos alimentado por todos os auxiliares "que podem e devem buscar parcerias em diversos segmentos". Rechaçou o que ele chama de "administração caseira", ressaltou estar satisfeito com o empenho de cada um dos integrantes da sua equipe e reforçou a necessidade de controle absoluto sobre os gastos.
Assis Ramos destacou que a despesa de combustível, de dezembro de 2016 para janeiro de 2017, caiu de R$ 80 mil para R$ 13,6 mil e que na comparação de janeiro do ano passando com janeiro deste ano, a conta com posto de gasolina e diesel caiu 90%, de R$ 137 mil para R$ 13,6 mil, "mesmo estando mantida a frota".
Já na folha de pessoal, a economia foi de R$ 2,7 milhões, muito em decorrência da constatação de disparates, como o de um plantonista que teria virado 24 horas de trabalho vinte vezes em trinta dias (impossível, do ponto de vista biológico); dos salários inchados em até R$ 7 mil para zeladores e dos pagamentos integrais a mais de 50 servidores licenciados sem direito a vencimentos.
O médico Alair Firmino, indicado à Secretaria de Saúde, falou do caos do Socorrão e de todos os esforços para que ele funcione sem maiores prejuízos. A grande demanda produzida por mais de 90 municípios de um raio de mais de 500 km de Imperatriz é a causa da superlotação e do consumo acima de todas as projeções de medicamentos e demais insumos.
O prefeito informou que o Pastor Alex, vice-prefeito, cumpre missão junto aos prefeitos das demais cidades usuárias do Socorrão, trazendo-os a Imperatriz para negociar uma pactuação das despesas geradas pelos seus munícipes.
Mutirões de cirurgias ortopédicas (a maior demanda do Socorrão) já tiraram das filas de espera mais de 150 pessoas, as contas do mês de janeiro foram pagas e todas as pendências deixadas pela gestão anterior estão sendo negociadas. Os estoques de remédios e material cirúrgico, "outro gargalo produzido pela falta de licitações, débitos com fornecedores e falta de programação de abastecimento, são questões que estamos buscando superar, com boas chances de serem resolvidas integralmente muito em breve", informou.
Assis Pinheiro, da Infraestrutura, explicou que as chuvas intensas têm castigado mais do que se esperava o asfalto da cidade. Já foram mais de cem intervenções, grande parte delas para recuperar ruas interditadas por crateras, no Centro e na periferia. "Não tínhamos nada licitado e estamos nos valendo de uma parceria com o Governo do Estado. A coleta do lixo tem sido mantida e intensificada, estamos limpando terrenos que vinham sendo transformados em lixões e trabalhamos nos projetos do aterro sanitário e do controle do atual depósito de lixo da Estrada do Arroz que está quase saturado", lembrou.
Todos os auxiliares deram relatos das suas ações. A Educação, por exemplo, lembrou que existem creches e escolas em prédios não apropriados e que as obras que vão contornar esses problemas vão ser retomadas. A administração informou que pagou a folha dentro do prazo legal, quitou o vale alimentação de janeiro e está negociando os vales do ano passado que ficaram pendentes. Meio Ambiente, Defesa Civil e Planejamento Urbano relataram ações de fiscalização e embargo de obras irregulares e a desobstrução de equipamentos públicos antes tomados por vendedores ambulantes e placas irregulares.
A pedido do prefeito, o vice-prefeito Alex Nunes encerrou o encontro com o relato da viagem a Israel, onde buscou parcerias que em breve vão ser consolidadas. As últimas palavras foram em forma de oração, segundo Nunes, para que a atual administração "se confirme como a melhor da história de Imperatriz, feita com intensidade e honestidade, acima de tudo com muito planejamento e focada nas reais necessidades da cidade e do seu povo", disse. (Ascom/PMI)