Assis Ramos: "Precisamos do envolvimento de todos os entes federativos: União, Estado e Município; e da ajuda dos parlamentares estaduais e federais para resolver as demandas, unindo forças e esquecendo as cores partidárias"

O primeiro mês da administração municipal passado a limpo nas bancadas do radialista Arimateia Júnior, da Rádio Nativa FM, e do jornalista Conor Farias, da TV Capital. A guerra contra a gastança na folha de servidores, os buracos no asfalto da cidade e o caos do Socorrão foram temas abordados pelos comunicadores com o prefeito Assis Ramos que, por iniciativa própria, foi ao encontro dos dois.

O périplo do novo prefeito também incluía uma conversa ao microfone com o radialista Mano Santana, mas problemas técnicos da emissora e um assunto de última hora na agenda de Assis Ramos fizeram com que a "visita" ao comunicador da Mirante FM fosse adiada.
"Estamos enfrentando as dificuldades e sempre dando uma resposta para a população sobre as demandas emergenciais. Não tenho receio de enfrentar, não temo nenhum dos problemas detectados, pelo contrário, sinto-me desafiado. Estamos correndo contra o tempo para realizar as licitações e resolver as necessidades das ruas da cidade, por exemplo. É um problema represado há anos. A malha viária de Imperatriz é de péssima qualidade e não vai ser em 30 dias que vamos resolver tudo", explicou Assis, nas duas entrevistas concedidas.
Já nos primeiros dias da administração, a Prefeitura Municipal deu início ao recadastramento com todos os servidores efetivos e já tem um panorama geral de alguns problemas encontrados: "Tivemos conhecimento de uma série de irregularidades e distorções que serão corrigidas. Como, por exemplo, encontramos zeladores recebendo cinco mil reais. Nada contra a pessoa ou o cargo, mas temos enfermeiros e professores no município que ganham menos do que isso", informou tanto na Nativa como na Capital.
Percebemos que há pessoas trabalhando muito e ganhando pouco e servidores que trabalham pouco e ganham muito. São distorções que serão apuradas. Não sou radical, mas faremos o que é justo dentro da legalidade. A folha do município é de 18 milhões e precisamos corrigir essas ilegalidades para colocar ordem na casa. Nosso objetivo é economizar para que o dinheiro seja investido na saúde e educação, que têm as maiores demandas do município", disse.
 Sobre os problemas da saúde, Assis Ramos revelou a necessidade emergencial de um novo hospital: "A saúde é uma situação terrível, o Socorrão não presta nem para ser reformado. Para resolver o problema do Socorrão, só construindo um novo hospital. São problemas que vêm há mais de 20 anos e não serão completamente resolvidos em um mês".
O prefeito lembrou que fez um mutirão de cirurgias ortopédicas logo nos primeiros dias, esgotando uma fila de espera de mais de 150 pessoas. "A notícia correu e, quando pensávamos que os corredores estavam livres desse tipo de paciente, outros tantos chegariam de cidades e estados diferentes. Por isso eu digo, a saúde de Imperatriz é um problema da União, porque para cá vêm os doentes de um raio de 500 quilômetros ao redor de Imperatriz, com as despesas só para a nossa conta", desabafou.
Conforme o prefeito, a solução para o atendimento de pessoas de outras cidades e estados é a reposição daquilo que o município gasta. "Para isso, dependemos de uma repactuação e um esforço que não depende apenas da Prefeitura de Imperatriz, mas sim do envolvimento de todos os entes federativos: União, Estado e Município. Precisamos da ajuda dos parlamentares estaduais e federais para resolver as demandas da saúde e unir forças, esquecendo as cores partidárias. Porque as demandas da saúde inviabilizam outros setores da administração".
Para sanar demais problemas, Assis disse que tem dialogado com a população: "Todos os dias recebo várias pessoas em meu gabinete, independentemente da classe que representa. Um gestor que não conversa com as categorias, sindicatos e associações, é um gestor que não quer resolver as demandas da cidade". (Luana Barros - ASCOM/PMI)