William Marinho

Os assassinatos em série que têm ocorrido em Imperatriz nos últimos dias vêm preocupando o delegado regional Francisco Assis Ramos, que - diante das circunstâncias e do modus operandi dos executores - suspeita que exista um grupo de extermínio em Imperatriz responsável por estas mortes. Francisco de Assis Ramos acrescentou, em entrevista dada ao programa Mirante Comunidade, que apesar de as vítimas pertencerem ao mundo do crime, não podem continuar acontecendo.
Segundo ele, “hoje são pessoas envolvidos de alguma forma com o submundo do crime e amanhã poderá ser eu ou você, dada a facilidade com a qual os bandidos estão executando. O fato de não ter dificuldade, depois, o farão pensar que tudo podem fazer”.
Ramos não quis adiantar se o trabalho de investigação tem mostrado que existem mesmo pessoas sendo pagas para executar as vítimas. Contudo, foi claro: “Não está sendo de forma gratuita, existem, sim, pagadores envolvidos, como também acertos de contas entre traficantes e disputa por pontos de drogas. Tudo isso está sendo investigado, pois não podemos admitir e deixar que as coisas continuem da forma que estão”.
O delegado regional informou que já tem algumas pistas, inclusive com suspeitos presos (um deles é do crime da mulher no Mercadinho, que teria sido praticado por um menor infrator). “A grande dificuldade encontrada nas investigações é exatamente no fato de que as pessoas não querem testemunhar. Sabemos que as informações da sociedade são os pontos chaves para as investigações. Recebemos informações, mas outros crimes as pessoas têm medo. É preciso que a comunidade participe denunciando pontos de drogas, informando onde se encontra quem cometeu o crime, enfim coisas que precisam ser pelo menos mostrado o caminho”.
Quanto aos crimes que até hoje estão sem conclusão das investigações, o delegado revelou que um delegado especial reiniciou as investigações na semana passada por determinação da Superintendência de Polícia e que está dando apoio a este trabalho. “Mas não estamos envolvidos diretamente neste trabalho. Espero ainda hoje ou amanhã um relatório que ficou de ser entregue pelo delegado titular designado para estas investigações. O que sabemos é que continua sendo feito e pessoas foram ouvidas e houve avanços nas investigações”.
Quanto aos crimes por execução, o delegado revelou que solicitará reuniões com juízes, promotores e o comando da PM no sentido de encontrar uma forma de combatê-los e colocar na cadeia seus responsáveis, executores e mandantes.