Domingos Cezar
O cantor/compositor/músico Zeca Tocantins recebeu ontem à noite (21), no Salão do Blue Trwee Toweres São Luís, em São Luís-MA, o Prêmio PAPETE, por sua relevante contribuição à música maranhense. O reconhecimento pela arte de Zeca, não é à toa. Em sua carreira na arte musical ele conviveu nos festivais com grandes cantores/compositores maranhenses que hoje encantam o Brasil e o mundo. Entre estes, o outro Zeca (Baleiro).
Mas não foi apenas na música que Zeca Tocantins se tornou conhecido no Brasil inteiro, compondo músicas que são interpretadas por grandes cantores deste País, por suas parcerias com nomes como Nílson Chaves e, sobretudo, por sua parceria por mais de 30 anos com seu irmão/parceiro, o saudoso Nenén Bragança, com o qual venceu festivais de música por esses rincões brasileiros.
Zeca começou sua vida de artista no palco do teatro, que hoje se chama Ferreira Gullar, em 1976, como ator no grupo teatral Príncipe Teatro de Imperatriz - PRITEI, sob a direção do teatrólogo Pedro Hanaye. Daí em diante se tornou na arte cênica, ator, diretor, produtor e autor de peças que foram sucesso, a exemplo de "Imperatriz por um triz", no início da década de 80, quando o teatro florescia com força total em Imperatriz.
Irrequieto, ele passou a trilhar por outro caminho das artes: a literatura. Tornou-se então, poeta, articulista, cronista, contista. Publicou, até o momento, 12 livros nos citados gêneros. Foi um dos fundadores da Associação Artística de Imperatriz - ASSARTI e Sindicato dos Músicos de Imperatriz, entidade das quais foi seu presidente. Membro fundador da Academia Imperatrizense de Letras - AIL.
Como membro da AIL criou em 2003, a Semana Imperatrizense do Livro, que mais tarde tornou-se o Salão do Livro de Imperatriz - SALIMP. Há 11 anos criou o Festival de Música de Imperatriz - FMI e o Festival de Interpretação Curumim, integrando-os ao SALIMP. Também criou o Projeto Arte & Cidadania nas Escolas, que passou por mais de 90 escolas de Imperatriz. Hoje coordena uma escola de música para crianças carentes na Vila Lobão.
Como filho de uma lavadeira (Dona Martinha Cezar) e do pescador (Cametá) me sinto orgulhoso de ser irmão biológico do Zeca e também seu confrade na Academia Imperatrizense de Letras. Os Filhos de Cametá, pequenos ribeirinhos, oleiros e pescadores, hoje são reconhecidos pelo trabalho que prestam nas áreas da cultura, social e do meio ambiente. Parabéns, meu irmão, você me orgulha, você merece.
DO PRÊMIO DA MÚSICA MARANHENSE
Suponho que não tenha sido fácil a inclusão do meu nome nesse elenco de pessoas tão importantes para música maranhense, também desconheço os argumentos utilizados para convencer a Comissão Curadora.
Mas, garanto que me agrada esse reconhecimento, essa compreensão que nossa música pulsa em todos os rincões de nosso estado: em nome de Cururupu, de Pinheiro, de Codó, de Caxias, de São João dos Patos, de Pedreiras, de Arari, de Grajaú, de Balsas, de Santa Inês, e da minha querida Imperatriz, berço sagrado de grandes compositores, abraço todos os artistas que produzem sua música e fazem do Maranhão um estado rico em diversidade e em qualidade musical. (Z T)
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