Hemerson Pinto
Para quem observar um árbitro de futsal em uma partida pelos Jogos Escolares de Imperatriz, pode imaginar que o trabalho é cômodo e não exige tamanho esforço. Engano. O vai e vem à beira da quadra é apenas uma das provas de que a tarefa é árdua, necessita preparo, além de amor pelo que faz.
Humberto Borralho é um dos árbitros escalados para apitar os jogos de futsal, nas categorias infanto e infantil dos JEIs. Na quadra poliesportiva de uma escola da rede particular de ensino, trabalha na companhia de mais cinco árbitros, que se dividem nas funções de auxiliares e árbitros principais.
Desde o último sábado, quando iniciou a competição, o árbitro havia apitado mais de 25 partidas. Até o final dos JEIs, o número de partidas apitadas por ele deve chegar a 50.
“Representa muito, pelo fato de estarmos trabalhando com crianças, jovens, que estão no início de sua formação física, cultural, é algo que, na verdade, necessita muito da nossa atenção”, diz Humberto, lembrando que, como um juiz de futebol ou de qualquer outro esporte que tenha a figura de uma pessoa responsável pela fiscalização dos lances, no futsal, um árbitro também não está livre dos comentários, muitas vezes, impronunciáveis, das torcidas.
“A gente encara isso com bastante frieza, sabendo que os ânimos estão alterados, por isso precisamos estar bem preparados psicologicamente”, comenta.
Com posição firme em quadra, o jogo apitado por Humberto enquanto nossa reportagem acompanhava o trabalho do árbitro teve direito a cartões amarelo e vermelho. É a 12ª vez que ele participa dos Jogos Escolares de Imperatriz.
Publicado em Cidade na Edição Nº 14726
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