Nos dias 13 (sexta-feira) e 14 (sábado) de maio, o II Festival de Cultura Popular de Imperatriz, edição Mestra Maria do Amparo, concluiu mais uma etapa do projeto: apresentações e exposições culturais na Praça da Cultura, localizada no Centro da cidade. Durante a primeira quinzena do mês, foram realizadas aulas-espetáculos, oficinas e apresentações em instituições de ensino, nos bairros e zona rural.
A coordenadora da Casa das Artes, Lilia Diniz, abriu o evento na sexta-feira (13) homenageando o artista e professor Ironilson Vasconcelos, que foi brutalmente assassinado em 2013 e até o momento nenhuma resposta foi dada à comunidade. Diniz aproveitou o momento para explicar como se deu o projeto.
“O II Festival de Cultura Popular de Imperatriz está acontecendo graças ao extinto Ministério da Cultura, que vinha desenvolvendo um papel importante de incentivo à classe artística. Desde novembro do ano passado, a Casa das Artes e o produtor cultural negro Leonardo Pires vêm articulando maneiras para concluir todas as etapas sugeridas no projeto. Este festival é fruto de um edital da Funart de incentivo aos produtores culturais negros do país”, detalhou a poetisa Diniz.
Edinaria Maria, 42, e a pequena Eduarda Mikaele, 12, mãe e filha que vieram do Rio Grande do Sul (RS) passar alguns dias na cidade, estavam prestigiando as apresentações. Edinaria disse que o incentivo à cultura é um dos pilares de sua família e essas manifestações gratuitas em espaços públicos colaboram para transformar o futuro de uma criança.
“É de uma importância incrível a cultura para o desenvolvimento de uma criança e isso nós ensinamos também dentro de casa. Uma criança que entende a diversidade e conhece sua cultura com certeza se tornará um adulto mais responsável, com menos preconceito”, ressalta a mãe.
Eduarda Mikaele completa: “Eu ‘tô’ gostando muito das apresentações. ‘Tava’ vendo o tio cuspindo fogo, as danças, os bonecos de pano. Tudo muito lindo”, descreve a criança.
Nesta etapa foram cerca de 20 apresentações em escolas nos bairros e zona rural, as oficinas confecção e toques de caixa; confecção de bonecas de pano negras; danças: tambor de crioula, coco, cacuriá e bumba meu boi; audiovisual e teatro de bonecos com a pedagogia do brincar, além da exposição de artesanato Aciole Bastos. Artistas do cenário local e nacional foram convidados para facilitar as oficinas e realizarem as apresentações.
“Tesouros Vivos”
O II Festival de Cultura Popular de Imperatriz segue as atividades com a discussão e votação do Projeto de Lei “Tesouros Vivos”, que visa reconhecer os mestres e mestras da cultura popular de Imperatriz. O projeto foi apresentado pelo vereador Prof. Adonilson (PCdoB) e retorna à Casa de Leis após um amplo debate com a classe artística e comunidade local. (Por Jefferson Sousa /ASCOM)
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