Frente da nova unidade da Funac
Portão do depósito de materiais da obras que foi queimado pelos manifestantes

Apesar de uma boa parcela dos moradores da área próxima ao bairro Ouro Verde se posicionar contra a construção da nova unidade de internação da Funac, que está sendo construída no início da Estrada do Arroz, o órgão manteve normal o ritmo da adequação do prédio, com previsão de entrega para o mês de dezembro.
Os manifestantes realizaram no início da semana protestos em frente ao local onde está sendo trabalhado para receber a nova unidade, ateando fogo em pneus, portando faixas e cartazes protestando contra a instalação da unidade.
Para os manifestantes, a situação na área já é delicada pela falta de segurança e onda de assaltos e roubos. Com a instalação da unidade, a tendência é de que isso deverá aumentar com a presença dos internos na unidade.
Isso foi rebatido pelos servidores da Funac, que estão acompanhando as obras. Para eles, "estatisticamente, os internos, em sua maioria, são de famílias desta região e caso sejam internados nesta nova unidade, ficarão mais próximos dos pais. "Além do mais, ao fugirem, se fugirem, afinal, não se pode dizer que isso nunca ocorrerá, eles não irão ficar perambulando pelas ruas destes bairros, e sim se esconderem", destacou um que preferiu não se identificar.
De acordo com este mesmo servidor, esta nova unidade está sendo preparada atendendo recomendação da Justiça e que, portanto, vai continuar sendo feita normalmente a adequação e para que seja entregue dentro do prazo previsto.
A nova unidade vai atender a um novo estágio de internação e está sendo preparada para receber 30 menores infratores e com um detalhe: não desativará a atual unidade, que funciona no bairro Três Poderes. "Está sendo feito o que a Justiça determinou e por isso não há problema algum, manteve o ritmo da obra e o que se viu foram poucas pessoas presentes aqui em frente, queimando e jogando bombas. Não apresentaram documento algum à justiça nem os motivos".
A reportagem tentou falar com os líderes do movimento dos moradores. Contudo, apesar de duas tentativas em suas casas, não foram localizados e as pessoas, com receio, nem mesmo os nomes das lideranças informaram.