Jiboia captura no Porto da Balsa pela Defesa Civil e entregue ao 50º BIS

Não é comum esbarrar em cobras e jacarés pelas ruas de uma cidade como Imperatriz ou encontrar esses animais dentro de casa. Porém, ultimamente surpresas como essas vêm acontecendo com frequência.
Os bichos pegam carona nos volumes de água maiores nesta época nos riachos e no rio Tocantins e acabam trocando seu habitat natural por lugares onde encontram pessoas e grande movimentação.
Como o jacaré de cerca de 1 metro que foi encontrado no início do mês em frente a uma escola na área central. O animal foi encurralado por populares que acionaram o Corpo de Bombeiros, que fez o resgate e cuidou em devolver o réptil a um local de mato e água, seguro e longe dos riscos que a cidade pode oferecer.
Este teve sorte, mas nem sempre acontece assim. Em muitos casos, a população se assusta com a presença das visitas inesperadas, principalmente quando dentro de residências, e antes de acionar qualquer tipo de socorro, parte para o ataque com pedras, pau ou o que estiver ao alcance.
A orientação do Corpo de Bombeiros é acionar o 193 em casos de se deparar com um jacaré, cobra ou qualquer outro bicho vagando por aí, ou mesmo embaixo da cama, como já aconteceu, principalmente com quem mora às margens de riachos ou próximo ao rio. Casos mais comuns nesse período de chuvas.
No ano passado, o 3º Batalhão de Bombeiros Militar atendeu a 75 ocorrências de captura de animais. Claro que não envolve apenas as temidas cobras (as que mais insistem em visitar áreas urbanas) e os assustadores jacarés, mas há outros bichos, como os macacos, tamanduás, que hora por outra erram seus percursos nas áreas de matas e saem às margens de rodovias bem movimentadas da região. Sorte dos que não são atropelados.
Nos últimos dias, quando o rio Tocantins ganhou volume maior de água, o Corpo de Bombeiros foi acionado inúmeras vezes para a região do Porto da Balsa e bairro Caema, onde algumas jiboias deram as caras no meio da comunidade. A média de chamadas para capturas e animais em janeiro foi de seis por dia.
Os bombeiros afirmam que ultimamente encontram dificuldades após atenderem casos de captura de animal por não ter na cidade um local adequado para recebê-los. Antes era papel do Ibama, que agora alega falta de espaço. A alternativa é sair da zona urbana à procura de local com água, mato, longe de casas, para fazer a soltura com a garantia de proteger o animal e diminuir as possibilidades de reaparecer próximo a lugares habitados.
Em menos de uma semana, os agentes da Defesa Civil encaminharam duas cobras jiboias ao 50º Batalhão de Infantaria de Selva, onde existe um serpentário, apropriado para acolher repteis até encontrar um local adequado para serem destinados. (Hemerson Pinto)