Hemerson Pinto
Em 2012, a Agência Nacional de Telecomunicações constatou que matade dos telefones públicos do país não funcionava e a empresa Oi se comprometeu a viabilizar o funcionamento de no mínimo 90% dos aparelhos até o final do mesmo ano. O acordo não foi cumprido e a Anatel deu prazo de até 31 de março de 2015 para que o problema fosse resolvido. Caso contrário, a operadora seria forçada a fornecer ligações gratuitas locais de orelhão para telefones fixos.
A empresa teve duas escolhas: pagar multa de valor aproximado a R$ 10 milhões ou liberar as chamadas, como preferiu. Assim, nos estados nordestinos, Bahia (54% dos aparelhos em funcionamento), Pernambuco e Rio Grande do Norte (57% cada), Ceará, Maranhão e Paraíba (59%), Piauí (65%), Alagoas (69%) e Sergipe (86%), as chamadas de orelhão para fixo estão liberadas.
No Sul a medida chegou aos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, enquanto no Norte a vantagem pode sr aproveitada nos estados do Amapá, Amazonas e Pará. A empresa Oi tem o prazo de seis meses para garantir o funcionamento dos orelhões, ainda na média de 90%. Se continuar a descumprir, será obrigada a fornecer por mais seis meses ligações de longa distância, gratuitas, de orelhões para fixos. Em abril de 2016, caso a determinação ainda seja descumprida, serão gratuitas as ligações para celulares.
Em Imperatriz, um problema: muitos orelhões não estão em funcionamento. “Eu sempre procuro ligar de orelhão. Perto da minha casa tem um, mas é difícil conseguir a ligação porque na maioria das vezes não está funcionando”, diz Maria da Conceição, no setor Mercadinho.
Na Nova Imperatriz, o carpinteiro Raimundo Nonato lembra que muitos orelhões na cidade são danificados por vândalos. “Pessoas desocupadas que não imaginam que um dia podem precisar desses telefones e saem por aí destruindo. A gente encontra lugar que dos orelhões tem só a cabine”, reclama.
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