Belém, terra de todos
Chão forte, de gente trabalhadora, altaneira
Que se faz estrondar
Força evocativa, que ecoa além-mar
Eufonicamente, se faz gigante.

Belém, pedaço sadio do rincão nacional
Que luta, não se deixa esvaecer
Que merece e percebe galanteios
Sim, as atenções amorosas são espontâneas
Veem de todos os lados
São esfuziantes.

Belém, terra de todos, cidade pluralista
Tem coração indulgente, tácito
Teu grito é retumbante
Todos aqui são felizes, vivem unidos
Quisera eu colocá-la
Sintética, entretanto, verdadeiramente, num crepúsculo 
Aí, ficaria memorizado, eternizado - e público - o meu amor por ti.

Belém Grão-Pará
Terra do açaí
Da maniçoba
Da tapioca
Do pato no tucupi

Das resistentes e frondosas mangueiras
De clima ameno, de povo ordeiro
Das chuvas nos meios das tardes
Cor púrpura
Que a todos regozija
Mexe e remexe, como uma menina-mulher
Enfim, musa-sedutora.

Belém, tua força corre em minhas veias
Aqui estou tomando tacacá
Contemplando tua beleza
Aplaudindo tuas riquezas naturais
Boemicamente no Bar do Parque...
Defronte ao Teatro da Paz por todos almejada.

Amo Belém
Não um amor platônico
Sim, amor indescritível, que muitos também têm (incontidamente sentem)
Amá-la é o destino daqueles que a conhecem originalmente
Eis eu, neste momento, vivendo não um dilema

Um caso de amor sincero, ressonante
Quisera, como numa quimera, aqui mais tempo poder ficar
Não importa, um dia volto a Belém morar
E, outra vez, poder meu amor revelar
Belém, poética e, sobretudo, Belém, cidade que sabe todos acolher
Beléemmmmmmm!!!